ANÁLISE DO CONSUMO DE SACAROSE E CONSISTÊNCIA ALIMENTAR DE BEBÊS COM DEFICIÊNCIAS

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Saúde da Criança e do Adolescente

Temas Correlatos: Saúde da Criança e do Adolescente;

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AUTORIA

Julia Melchioretto , Georgia Dietrichkeit , Anamaria Araújo Da Silva , Mariana Campos Martins Machado , Ana Marise Pacheco Andrade De Souza

ABSTRACT
Os primeiros dois anos de vida dos bebês são fundamentais para o crescimento e desenvolvimento da criança, e refletirão na saúde ao longo da vida, sendo o leite materno o único alimento a ser ofertado até os seis meses de idade. Após essa idade, outros alimentos devem ser incorporados nas refeições das crianças, sendo alguns não recomendados durante os dois primeiros anos de vida, como os açúcares. Durante a introdução alimentar deve-se gradativamente ofertar alimentos mais espessos que ajudam no desenvolvimento da cavidade bucal e dos ossos da face, melhorando tanto a mastigação quanto a respiração dos bebês. O objetivo deste estudo foi identificar a qualidade dos alimentos consumidos pelos bebês com necessidades especiais, a introdução precoce de sacarose e a consistência destes alimentos, para então, determinar estratégias de intervenção que melhorem a alimentação e promovam uma melhor qualidade de vida destes indivíduos. O estudo foi constituído de 15 prontuários de bebês participantes de um Projeto de Extensão entre os anos de 2017 a 2019, sendo seis (40%) do sexo feminino e nove (60%) do sexo masculino, com a idade variando entre um ano completo (3 bebês - 20%), dois anos completos (8 bebês - 53,3%) e três anos completos (4 bebês - 26,6%). As deficiências que os bebês apresentaram foram: Síndrome de Down (46,6%), Autismo (33,3%), Paralisia Cerebral (13,3%), Laringomalácia (6,6%) e Microcefalia (6,6%). O consumo de alimentos com sacarose na dieta foi de 100%, sendo 72,7% o consumo diário, 18,2% consumo de duas a três vezes na semana e 9,1% duas vezes por semana. Foi identificada a presença da doença cárie em 20% das crianças. A consistência dos alimentos consumidos pelos bebês da amostra foi de 34% liquidificada/papa, 33% amassado/pastoso, 7% picado e 13% igual ao da família. Conclui-se que o oferecimento de sacarose na dieta de bebês com necessidades especiais se dá de forma precoce. A consistência da dieta também não é adequada segundo as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Os bebês apresentaram alta prevalência de má oclusão e respiração bucal/mista. O estudo demonstrou a necessidade da inserção dessas mães em programas de promoção de saúde infantil. O consumo alimentar dos bebês com necessidades especiais atende à sua necessidade nutricional conforme a sua idade, mas não colabora com o desenvolvimento da oclusão, nem com a prevenção da cárie dentária.

Para participar do debate deste artigo, .


COMENTÁRIOS
Foto do Usuário Pedro Henrique Barbosa De Sá 22-11-2022 12:44:56

Trabalho de grande relevância para pais e profissionais da saúde atuantes da pediatria. O trabalho demonstra com clareza que tal prática é precoce e tem consequências negativas para a vida do bebê.

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