Podem os Inibidores de Bomba de Efluxo Reverter o Fenótipo de Resistência Multidrogas em Pyricularia Oryzae?

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Fitopatologia

Temas Correlatos: Genética;

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AUTORIA

Fabio Gomes Assis Junior , Paulo Cezar Ceresini , Tatiane Carla Silva , Samara Nunes Campos Vincentini

ABSTRACT
Os fungos do gênero Pyricularia (brusones) são responsáveis por perdas significativas em cultivos de arroz e trigo. A linhagem Triticum da espécie P. oryzae (PoTl) é uma ameaça à triticultura nacional e internacional, tendo emergido primeiro em áreas de cultivo brasileiras e depois introduzida na Ásia e África, por meio de importação de sementes de trigo infectadas. Esta linhagem em particular apresenta resistência aos principais fungicidas de sítio-alvo específicos, com os inibidores de quinona (QoIs), inibidores da succinato desidrogenase (SDHIs) e inibidores da esterol 14-demetilase (DMIs). Enquanto se atribui a resistência única contra moléculas específicas às mutações nos sítios-alvo, a ausência de mutações e a resistência múltipla encontrada em populações de PoTl levantam a hipótese de que um outro mecanismo de resistência pode estar envolvido. Um destes, encontrado em outras espécies de fungos, é a sobre expressão de bombas de efluxo, que são transportadores membranares responsáveis pelo fluxo de moléculas do meio intracelular para o extracelular e vice-versa. Em fungos, há duas principais famílias de transportadores que podem assumir esse papel na resistência multidrogas: os transportares ABC (ATP-binding cassette) e os MFS (Major Facilitator Superfamily). Este trabalho teve como objetivo submeter isolados de PoTl ao inibidor de transportadores ABC, cloridrato de verapamil, na presença de fungicidas dos grupos SDHI e DMI. Os resultados indicam que a resistência multidrogas não deve ter origem na super expressão de transportadores ABC, permanecendo a hipótese de que as bombas de efluxo sejam transportadores do tipo MFS em populações sem mutações de resistência nos sítios-alvo.

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