Transições Educativas e Travessias na Adolescência

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Infância e políticas públicas

Temas Correlatos: Infância e políticas públicas;

Acessos neste artigo: 227


Certificado de Publicação:
Não disponível
Certificado de Participação:
Não disponível

COMPARTILHE ESTE TRABALHO

AUTORIA

Vládia Jamile Dos Santos Jucá , Lys Maria Vinhaes Dantas , Olivia Maria Costa Silveira

ABSTRACT
Apresentamos temas apontados por adolescentes recém-ingressos no sexto ano de uma escola pública da Bahia, como sendo relevantes na transição que se encontravam vivenciando. Tais questões emergiam no cruzamento da transição educativa relativa à passagem do 5º para o 6º ano com elementos que surgiam com a puberdade e, potencialmente, com o despertar da adolescência, em um contexto de vulnerabilidade social. Foram realizadas rodas de conversa realizadas , durante a etapa diagnóstica do projeto “Sexto ano, transições e participação”, cujo propósito foi criar um modelo de apoio à transição do ensino fundamental anos iniciais para os anos finais. As rodas aconteceram no início de 2020. Foram três rodas com alunos do 6º ano, duas oficinas de desenho livre, duas oficinas de fotografia, e uma nova roda de conversa com “repetentes”. Os temas emergentes  foram: lutos (decorrentes de perdas de parentes próximos, por vezes, em decorrência da violência); sexualidade (com destaque para os primeiros beijos e conversas sobre orientação sexual); território (as praças apareceram como cenário para  “ficar”; por outro lado, surgiram as dificuldades de ocupá-las e de transitar entre espaços da cidade por conta da violência); violência (associada às disputas entre facções, relatos de situações nas quais presenciam tiroteios e mortes  e  a violência  presente também no contexto escolar); transição para o sexto ano ( vivida com muito medo da escola maior e dos relatos sobre a violência no colégio); adolescência (associada aos namoros e as mudanças no modo pelo qual são percebidos e percebem os outros, sobretudo, os pais). Os participantes falaram da necessidade que sentem em contarem com espaços nos quais possam falar do que lhes causa inquietação. Essa demanda foi considerada no Modelo de Apoio à Transição desenvolvido com apoio das Fundações Carlos Chagas e Itaú Social. O mesmo encontra-se em fase de finalização, mas já foi incorporado como política pública municipal.

Para participar do debate deste artigo, .


COMENTÁRIOS

Utilizamos cookies essenciais para o funcionamento do site de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.