ABSTRACT

Os sistemas de produção de bovino de corte no Brasil são em sua maioria dependente exclusivamente de pastagem. As forrageiras que compõem essas pastagens com o decorrer do tempo sofrem degradação devido o manejo inadequado, o que as tornam pouco disponíveis no que diz respeito vitaminas e minerais, o que afeta diretamente no ganho de peso dos animais que as consomem. Com esse cenário algumas pastagens têm recebido como manejo adubação, vedação, práticas que asseguram uma melhor qualidade como alimento animal. Assim, pode-se esperar devido à diversidade existente dentre os pastos, encontrar uma gama bem ampla de valores, para quem opta por alugar esse espaço para produzir. Esse trabalho teve como objetivo analisar os diferentes custos de alugueis de pastos para diferentes pastagens as relacionando com sua qualidade, estudar se é viável alugar em relação ao custo final por arroba produzida e sua precificação ao vender, e até que ponto há viabilidade em pagar um valor superior, esperando que isso me forneça um boi gordo num espaço de tempo menor. Com base nesses objetivos foram realizadas análises de custo de produção para três anos 2016, 2017 e 2018, para três condições distintas de pasto em relação à qualidade da pastagem um pasto de melhor qualidade, outro de qualidade mediana e por fim um de qualidade inferior. Os resultados obtidos mostraram que não é uma verdade absoluta que pasto de melhor qualidade entregue animais terminados num tempo mais curto e assim a margem bruta para essa condição será maior. Existem variáveis como custo médio de aluguel, custo médio da arroba no mês de abate que podem oscilar durante a produção, mudando o resultado esperado. Exemplo disso é o grande aumento do preço da arroba do boi em dezembro de 2019, essa alta ocasionou numa margem bruta superior para o sistema de produção num pasto de qualidade inferior, quando comparado com as outras duas situações.
Palavras-chave: Boi gordo, Indicador de rentabilidade, Preço de aluguel de pasto, Preço da arroba do boi gordo.