GOVERNANÇA CORPORATIVA E COMPOSIÇÃO DE PORTFÓLIOS DE RISCO MÍNIMO NO MERCADO BRASILEIRO
AUTORIA
Fernanda Paula Vieira , Lélis Pedro De Andrade , Washington Santos Silva , Bruno César De Melo Moreira , Daniel Fonseca Costa
ABSTRACT
A partir do início da década de 2000 as companhias brasileiras têm sido expostas a um ambiente com maior incentivo a adoção de melhores práticas de governança corporativa; no entanto, considera-se que a literatura relacionada ainda carece de evidências se esse ambiente tem proporcionado benefícios aos investidores, especialmente relacionados à redução do risco de seus portfólios. Por isso, o objetivo desse trabalho consiste em identificar a relevância da qualidade da governança corporativa de empresas com ações que compõem a carteira de risco mínimo no mercado brasileiro, segundo o modelo de Markowitz (1952). Para tanto, foram elaboradas carteiras de investimento com empresas listadas no Brasil, Bolsa, Balcão (B3), nos períodos de 2000 a 2008, de 2009 a 2015 e de 2000 a 2015. Para verificar se a governança corporativa gera redução no risco, primeiramente foram encontrados os ativos que proporcionavam o risco mínimo nos períodos selecionados. Após a identificação destes ativos, passou-se a análise da qualidade da governança corporativa das empresas, de acordo com a listagem ou não nos níveis diferenciados da B3. Os principais resultados apresentam indícios que a adoção de melhores práticas de governança corporativa tem contribuído para a redução do risco diversificável no Brasil, no entanto, somente no período mais recente da amostra analisada, quando se observou que 12,45% da carteira foi composta por ativos listados no Novo Mercado, ao passo que o restante dos pesos é relacionado aos ativos do mercado tradicional.
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