USO DA CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE (CIF) POR FISIOTERAPEUTA NA SAÚDE PÚBLICA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA
AUTORIA
Carolayne Fernandes Prates , Tarcísio Viana Cardoso , Alana Maria Alves Costa
ABSTRACT
Introdução: Baseada em um modelo biopsicossocial, a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) foi publicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano de 2001 e tem como objetivo principal padronizar a linguagem em saúde. Objetivo: O presente estudo tem por objetivo revisar sistematicamente as evidências na Literatura sobre o uso da Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) por Fisioterapeutas atuantes na Saúde Pública. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura do tipo sistemática, onde foram realizadas consultas de dados bibliográficos publicados nas bases Scielo, Literatura da América Latina e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), e foi utilizada também a ferramenta Google Scholar. Inicialmente a busca se deu por meio da combinação dos descritores “Uso da CIF”, e “Fisioterapia”. Para refinamento de dados, optou-se por utilizar a combinação dos termos “CIF”, “NASF”, “ESF” e “Fisioterapia”. Resultados e Discussão: Foram incluídos 7 estudos que abordavam o uso e a importância da CIF na prática profissional de fisioterapeutas no âmbito da Saúde Pública. Dois dos artigos selecionados evidenciaram a utilidade da ferramenta na prática clínica. Enquanto cinco trabalhos analisaram e apresentaram dados acerca da empregabilidade da CIF pelos fisioterapeutas na rotina de trabalho. Na literatura é observado que o uso da CIF pelos fisioterapeutas ainda está em fase inicial. Uma das principais explicações é a falta de conhecimento por parte dos profissionais. Apesar da CIF ser uma importante ferramenta a ser empregada no âmbito da Saúde Pública, uma vez que apresenta consonância com o que é proposto pelo SUS no Brasil, que preza pela atenção à saúde integral do indivíduo, é notável na literatura a precariedade de estudos relacionados ao seu uso. Conclusão: É coerente considerar que a CIF é uma ferramenta de extrema importância na Fisioterapia. Contudo, é preciso avanço na perspectiva do conhecimento da ferramenta. Nesse contexto, sugere-se que a divulgação da ferramenta desde a formação acadêmica é de grande relevância para a instituição da mesma na rotina profissional e afirmação da necessidade do profissional fisioterapeuta em todos os níveis de atenção à saúde. Estudos que evidenciem o uso da CIF por fisioterapeutas de maneira mais aprofundada, se fazem necessários para ampliar a discussão sobre esta importante temática.
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