Quem é o Tecnólogo dos Ifes No Brasil? Uma Busca Por Identidade

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Tema: Gestão de RH

Temas Correlatos: Gestão de RH;

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AUTORIA

Stephanie Pagliarini , Anelise D'arisbo

ABSTRACT
Resumo: Dentre os atores envolvidos no mercado de trabalho está o tecnólogo. Em especial nos Institutos Federais de Ciência e Tecnologia, cuja lei de criação data de dezembro de 2008, os egressos deste modelo de ensino estão cada vez mais inseridos no Mercado de Trabalho, somando-se aos egressos das outras modalidades – ainda com maior presença no Brasil. Uma vez que a visão institucionalmente constituída acerca do curso e da instituição de ensino influenciam no nível individual, em que o egresso constrói sua trajetória em contato com as organizações e espaços que ocupa, importa discutir sobre a identidade do tecnólogo dos Ifes no Brasil. Com este objetivo, se buscou efetuar pesquisa bibliográfica e documental em busca desta definição, fazendo uso de referências na literatura, mas também em bases de dados, legislação e dados institucionais desde a época da fundação dos Ifes. Obteve-se que curso de tecnologia, como imerso na visão econômica da educação, sendo que a identidade do tecnólogo dos Ifes se constitui ao longo do curso e compreende conjuntos organizados e sistematizados de conhecimentos voltados ao mercado, que se desenvolvem somados à prática profissional e à pesquisa empírica, em que o indivíduo compreende e se constitui imerso em construções sociais complexas. Sua credencial oferece a legitimação do Estado para atuação em um eixo tecnológico específico, mas para constituir o reconhecimento social da sua profissão devem ser adicionadas suas experiências profissionais e vivências. Espera-se que esta discussão possa contribuir para políticas públicas que favoreçam os caminhos constituirão o egresso de tecnologia como profissional no mercado.

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Foto do Usuário álaze Gabriel Do Breviário 27-11-2024 19:46:03

A fundamentação teórica do artigo ''Quem é o Tecnólogo dos Ifes no Brasil? Uma Busca por Identidade'' é bem estruturada e aborda um tema de grande relevância no contexto da educação profissional e tecnológica no Brasil. A análise da identidade do tecnólogo formado pelos Institutos Federais (Ifes) se alinha com a literatura que explora a relação entre educação, mercado de trabalho e construção identitária. Estudos como os de Dubar (1998) abordam a construção social das identidades profissionais, enfatizando o papel das interações entre as instituições educacionais e o mercado de trabalho. Além disso, o artigo dialoga com discussões sobre a formação tecnológica como resposta às demandas econômicas, conforme explorado por Silva e Sguissardi (2009), que destacam a centralidade da educação técnica e tecnológica em contextos de reestruturação produtiva. Contudo, o artigo poderia enriquecer sua fundamentação ao integrar perspectivas sobre identidade e legitimidade profissional, como as apresentadas por Freidson (2001), para aprofundar a análise da inserção do tecnólogo no mercado de trabalho. A fundamentação metodológica, baseada em pesquisa bibliográfica e documental, é apropriada para explorar a identidade do tecnólogo a partir de uma perspectiva histórica e normativa. A utilização de bases de dados, legislação e documentos institucionais reflete um esforço consistente para compreender a trajetória dos cursos de tecnologia e seus egressos. No entanto, o artigo poderia ampliar sua abordagem metodológica ao incluir dados empíricos, como entrevistas com tecnólogos e empregadores ou análise de trajetórias profissionais, para complementar as informações obtidas nas fontes secundárias. Estudos como os de Yin (2017) recomendam a triangulação de dados em pesquisas qualitativas para aumentar a profundidade e a validade das análises. Os resultados destacam que a identidade do tecnólogo dos Ifes é construída ao longo do curso, combinando conhecimentos organizados e sistematizados, prática profissional e pesquisa empírica. Essa identidade está imersa em construções sociais complexas e depende tanto da legitimação institucional quanto do reconhecimento social. Esses achados corroboram a literatura, como os trabalhos de Bourdieu (1996), que discutem como os diplomas educacionais funcionam como credenciais sociais e econômicas que mediam o acesso ao mercado de trabalho. Contudo, o artigo poderia aprofundar a análise das barreiras que os tecnólogos enfrentam para obter reconhecimento social, como preconceitos em relação ao ensino técnico e tecnológico e limitações no campo de atuação profissional, questões frequentemente levantadas em estudos sobre educação tecnológica no Brasil. Os avanços teóricos, metodológicos e empíricos do artigo incluem a integração de análises sobre identidade profissional e educação tecnológica, com foco específico nos tecnólogos dos Ifes. A contribuição prática do estudo reside em destacar a importância de políticas públicas que valorizem a formação tecnológica e promovam o reconhecimento social e econômico dos tecnólogos. Para maximizar seu impacto, o artigo poderia propor diretrizes específicas para fortalecer a identidade profissional dos tecnólogos, como parcerias entre Ifes e o setor produtivo, programas de mentoria e redes de alumni. Pesquisas futuras poderiam explorar comparações entre diferentes eixos tecnológicos ou entre tecnólogos formados por Ifes e outras instituições, para identificar fatores que influenciam o sucesso e a legitimidade profissional. ### Referências BOURDIEU, Pierre. *The state nobility: Elite schools in the field of power*. Stanford University Press, 1996. Stanford. DUBAR, Claude. *A social construction of the self: The struggle for identity in modern societies*. Sage Publications, 1998. London. FREIDSON, Eliot. *Professionalism: The third logic*. Polity Press, 2001. Cambridge. SILVA, Tomaz Tadeu da; SGUISSARDI, Valdemar. *Educação superior, trabalho e desenvolvimento no Brasil*. Cortez, 2009. São Paulo. YIN, Robert K. *Case study research and applications: Design and methods*. 6. ed. Sage Publications, 2017. Thousand Oaks.

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