Notícias Acerca de Violências Contra a Mulher Entre 2023 e 2024: Não Estamos Próximos À Resolução da Questão.
AUTORIA
Larissa Maria Armelin , Ana Laura Mendes Martins Oliveira , Gabryelle Câmara Romualdo , Izabelle Victoria Souza Caetano , Marina , Carla Jorge Machado
ABSTRACT
A violência contra a mulher ocorre de diversas maneiras, sendo uma realidade em diferentes classes e etnias. Estima-se que, a despeito da elevada subnotificação, 43% das mulheres vivenciem algum tipo de violência ao longo da vida, mesmo com inúmeras medidas legislativas para coibir a questão. Frente a essa problemática, realizou-se uma revisão narrativa pela busca de notícias sobre violência física, sexual, obstétrica, feminicídio e medidas protetivas publicadas entre 2023 e 2024 pelo Google a fim de aventar panorama geral sobre a questão. Obteve-se trinta e oito, sendo os temas mais publicados as ''medidas protetivas'' e a ''violência sexual”. Os canais de comunicação mais frequentes foram ''G1'' e ''o Globo''. A análise revela que a violência contra a mulher continua a ser um grave problema no Brasil, com um aumento nas estatísticas nos últimos anos, exacerbado pela pandemia de covid-19. As mulheres mais vulneráveis são, em sua maioria, jovens, de baixa classe socioeconômica e negras. Nesse sentido, embora as medidas legislativas, como as de atualização da lei Maria da Penha sejam essenciais, elas não são suficientes diante de uma norma social enraizada na violência. Assim, o enfrentamento desse problema requer políticas que considerem as especificidades de classe e raça, promovam a independência financeira das mulheres e combatam a impunidade no sistema de segurança pública.
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