Mulheres na Área de Tecnologia de Informação: Estudo Sobre Trajetória e Exclusão/Inclusão

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Administração da Informação

Temas Correlatos: Ensino e Pesquisa em Administração;

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AUTORIA

Carolina Gabrielle Castro Vieira , Gabriela Rodrigues Oliveira Lima , Roberta Yumi Romero Takahashi , Gilberto Perez

ABSTRACT
A inclusão de mulheres na ciência, tanto nos espaços acadêmicos quanto nos espaços profissionais possui um processo histórico marcado com diversos impedimentos, mesmo reconhecendo os avanços, a situação no mundo ainda é adversa para o gênero feminino. O objetivo deste trabalho é compreender os fatores que afastam mulheres da área de ciências e tecnologia tanto no cenário atual, quanto historicamente, com pesquisa exploratória e descritivas, desde o âmbito escolar e acadêmico até o mercado de trabalho. Busca-se trazer iniciativas para mudar essa realidade com um entendimento sobre os fatores que causam essa discrepância entre mulheres dentro na ciência, principalmente aquelas em vulnerabilidade socioeconômica. Para melhor compreensão das vertentes que envolvem o assunto dessa pesquisa, foi realizada de forma anônima coleta de dados com diversas mulheres, sendo elas da área ou não. Ao total, foram obtidas 144 respostas. Com esses dados, realizou-se análises dos dados obtidos categoricamente para gerar insights intuitivos a quem visualizá-los e assim por fim entender as causas do problema. 
Palavras-Chave: Tecnologia, Ciência, Mulheres, Inclusão, Computação.

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Foto do Usuário álaze Gabriel Do Breviário 27-11-2024 19:25:53

A fundamentação teórica do artigo ''Mulheres na Área de Tecnologia da Informação: Estudo Sobre Trajetória e Exclusão/Inclusão'' é relevante e aborda um tema crucial para a promoção da equidade de gênero em áreas dominadas historicamente por homens. A análise dos fatores que afastam mulheres da área de tecnologia está alinhada com a literatura contemporânea, que identifica barreiras estruturais, culturais e sociais como principais causas da sub-representação feminina em ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM). Estudos como os de Charles e Bradley (2009) destacam que desigualdades de gênero nas escolhas educacionais e profissionais são influenciadas por normas culturais e estereótipos de gênero. Além disso, a discussão sobre vulnerabilidade socioeconômica reforça a importância de incluir perspectivas interseccionais, como proposto por Crenshaw (1991), para compreender como gênero, classe e outras dimensões interagem para moldar experiências de exclusão. A fundamentação metodológica, baseada em uma abordagem exploratória e descritiva, é apropriada para mapear os fatores que influenciam a trajetória de mulheres na área de tecnologia. A coleta anônima de dados com 144 participantes é um ponto forte, pois amplia a representatividade e a diversidade das experiências relatadas. No entanto, o artigo poderia detalhar mais os critérios de seleção da amostra e as técnicas de análise utilizadas, como categorização ou análise temática, para assegurar maior rigor e replicabilidade. Estudos como os de Braun e Clarke (2006) sugerem que análises qualitativas rigorosas podem gerar insights mais profundos sobre experiências complexas, como as de exclusão e inclusão de mulheres em STEM. Os resultados indicam que, apesar de avanços em políticas de inclusão, barreiras significativas permanecem, desde o âmbito educacional até o mercado de trabalho. Esses achados corroboram estudos como os de Margolis e Fisher (2002), que apontam que a falta de modelos femininos e o ambiente hostil nas áreas de tecnologia contribuem para o afastamento das mulheres. A análise das respostas obtidas também destaca a importância de iniciativas específicas para apoiar mulheres em vulnerabilidade socioeconômica, um tema frequentemente negligenciado na literatura, mas que é essencial para promover a inclusão de grupos marginalizados. O artigo poderia enriquecer a discussão ao explorar como programas de mentoria, redes de apoio e intervenções educacionais têm sido usados com sucesso para aumentar a participação feminina em STEM, como discutido por Blickenstaff (2005). Os avanços teóricos, metodológicos e empíricos do artigo incluem a integração de perspectivas históricas e contemporâneas sobre a exclusão de mulheres na área de tecnologia, além da aplicação de um método de coleta de dados amplo e inclusivo. A contribuição prática do artigo reside na identificação de fatores-chave que influenciam a sub-representação feminina e na proposição de estratégias para mitigar essas barreiras. Para maximizar o impacto, o artigo poderia propor políticas específicas baseadas nos dados coletados, como programas de incentivo financeiro para mulheres em situação de vulnerabilidade, campanhas de sensibilização para combater estereótipos de gênero e criação de espaços inclusivos em ambientes acadêmicos e profissionais. ### Referências BLICKENSTAFF, Jacob Clark. Women and science careers: Leaky pipeline or gender filter? *Gender and Education*, v. 17, n. 4, p. 369-386, 2005. London. BRAUN, Virginia; CLARKE, Victoria. Using thematic analysis in psychology. *Qualitative Research in Psychology*, v. 3, n. 2, p. 77-101, 2006. Abingdon. CHARLES, Maria; BRADLEY, Karen. Indulging our gendered selves? Sex segregation by field of study in 44 countries. *American Journal of Sociology*, v. 114, n. 4, p. 924-976, 2009. Chicago. CRENSHAW, Kimberlé. Mapping the margins: Intersectionality, identity politics, and violence against women of color. *Stanford Law Review*, v. 43, n. 6, p. 1241-1299, 1991. Stanford. MARGOLIS, Jane; FISHER, Allan. *Unlocking the clubhouse: Women in computing*. MIT Press, 2002. Cambridge.

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