INFLUÊNCIA REGULADORA NA COCRIAÇÃO DE VALOR NOS ECOSSISTEMAS DE SERVIÇOS DE SAÚDE PÚBLICA: BRASIL E FRANÇA, UMA COMPARAÇÃO

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Administração Pública

Temas Correlatos: Gestão estratégica;

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AUTORIA

Raquel Lima Botelho Casillo Vieira , Walter Bataglia

ABSTRACT
Resumo:
Este estudo explora como as diferentes estruturas regulatórias influenciam a cocriação de valor nos ecossistemas de serviços de saúde pública do Brasil e da França. A cocriação de valor envolve a colaboração entre diversos atores, como pacientes, prestadores de serviços de saúde e governos, para melhorar a eficiência e a qualidade dos serviços. O Brasil, com seu Sistema Único de Saúde (SUS), enfrenta desafios relacionados à coordenação e financiamento, enquanto o sistema de saúde francês, mais centralizado, também lida com questões de acesso e qualidade. A regulação, nesse contexto, pode atuar como facilitadora ou como obstáculo na geração de valor compartilhado. A metodologia do estudo inclui uma análise comparativa entre os dois sistemas, com revisão de literatura e entrevistas com gestores e reguladores de ambos os países, para identificar boas práticas e adaptações possíveis para o sistema brasileiro. 

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COMENTÁRIOS
Foto do Usuário Daniela Sakashita De Barros 27-11-2024 12:12:37

Parabéns aos autores! O trabalho aborda um tema atual e de relevância social. Ao estabelecer uma análise comparativa entre os sistemas de saúde do Brasil e da França com o objetivo de identificar boas práticas que possam ser adaptadas ao contexto brasileiro, o estudo deve prestar contribuições práticas, sociais e acadêmicas. Além disso, ao dar enfoque ao sistema de regulação, a pesquisa promete trazer novas perspectivas para melhoria das políticas de saúde do Brasil. A metodologia proposta, que inclui coleta de dados secundários e entrevistas semiestruturadas, parece ser adequada para o objetivo do estudo, porém gerou curiosidade quanto à forma de coleta e análise de dados.

Foto do Usuário álaze Gabriel Do Breviário 27-11-2024 19:00:43

A fundamentação teórica do artigo ''Influência Reguladora na Cocriação de Valor nos Ecossistemas de Serviços de Saúde Pública: Brasil e França, Uma Comparação'' é pertinente e aborda um tema crucial para a gestão pública e a saúde coletiva. A escolha de explorar a cocriação de valor como um processo colaborativo envolvendo múltiplos stakeholders está em linha com teorias contemporâneas sobre ecossistemas de serviços, como as propostas por Vargo e Lusch (2004), que destacam o papel ativo dos atores no processo de geração de valor. Além disso, a análise das estruturas regulatórias nos sistemas de saúde do Brasil e da França dialoga com a literatura sobre governança em saúde pública, como apontado por Greer et al. (2016), que destacam o impacto das políticas regulatórias na eficiência, acesso e qualidade dos serviços de saúde. O artigo poderia aprofundar sua fundamentação teórica ao integrar conceitos de governança adaptativa e resiliência em sistemas de saúde, como discutido por Duit et al. (2010). A fundamentação metodológica, baseada em uma análise comparativa e entrevistas com gestores e reguladores, é adequada para explorar como diferentes estruturas regulatórias influenciam a cocriação de valor. A combinação de revisão de literatura e coleta de dados empíricos permite uma visão abrangente e contextualizada dos desafios e boas práticas em ambos os países. No entanto, o artigo poderia detalhar mais os critérios de seleção dos entrevistados e a abordagem analítica utilizada para comparar os sistemas, como sugerido por Yin (2017) em estudos de caso comparativos. Além disso, a inclusão de indicadores quantitativos, como métricas de eficiência ou satisfação dos usuários, poderia complementar as análises qualitativas e oferecer uma perspectiva mais completa. Os resultados e conclusões destacam como as diferentes estruturas regulatórias moldam a cocriação de valor nos sistemas de saúde público do Brasil e da França. No caso brasileiro, os desafios relacionados à coordenação e financiamento do SUS refletem questões estruturais amplamente documentadas, como em estudos de Massuda et al. (2018), que apontam para a necessidade de maior integração e descentralização das políticas de saúde. Por outro lado, o sistema francês, embora mais centralizado, enfrenta desafios em termos de equidade de acesso e sustentabilidade financeira, corroborando as análises de Chevreul et al. (2015). O artigo faz uma importante contribuição ao identificar boas práticas na França que poderiam ser adaptadas ao contexto brasileiro, como a regulação mais rígida de padrões de qualidade e maior envolvimento dos pacientes na tomada de decisão. Os avanços teóricos, metodológicos e empíricos do artigo incluem a aplicação do conceito de cocriação de valor em sistemas de saúde pública, o que contribui para a literatura sobre gestão de serviços e políticas públicas. A análise comparativa entre Brasil e França oferece insights valiosos para gestores e reguladores em ambos os países, promovendo a troca de boas práticas e a identificação de lacunas a serem abordadas. Para maximizar seu impacto, o artigo poderia propor frameworks ou modelos para guiar a implementação de práticas regulatórias que incentivem a cocriação de valor, levando em conta as especificidades culturais, econômicas e institucionais de cada país. Referências CHEVREUL, Karine; BERTRAND, Xenia; BRIGHAM, Brenda; DURAND-ZALESKI, Isabelle. France: Health system review. Health Systems in Transition, v. 17, n. 3, p. 1-218, 2015. Copenhagen. DUIT, Andreas; GALAZ, Victor; ECKERBERG, Katarina; EBBESSON, Jonas. Governance, complexity, and resilience. Global Environmental Change, v. 20, n. 3, p. 363-368, 2010. Amsterdam. GREER, Scott L.; WENHAM, Clare; FAULKNER, Nicholas; PAUL, Elena. Resilience and governance in health systems. Global Public Health, v. 11, n. 4, p. 403-420, 2016. Abingdon. MASSUDA, Adriano; HONE, Thomas; LIRA, Andrea; GARCIA, Luiz; MACINKO, James. The Brazilian health system at crossroads: Progress, crisis and resilience. BMJ Global Health, v. 3, n. 4, p. e000829, 2018. London. VARGO, Stephen L.; LUSCH, Robert F. Evolving to a new dominant logic for marketing. Journal of Marketing, v. 68, n. 1, p. 1-17, 2004. Chicago. YIN, Robert K. Case study research and applications: Design and methods. 6. ed. Sage Publications, 2017. Thousand Oaks.

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