Empreendedorismo feminino: A intenção empreendedora entre mulheres trabalhadoras em Tracuateua -Pá,Brasil

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Empreendedorismo e inovação

Temas Correlatos: Empreendedorismo e inovação;

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AUTORIA

Rutiele Santos Mendes , Luciele Santos Mendes , Carlos Andre Correa De Mattos

ABSTRACT
Este estudo analisa a intenção empreendedora entre mulheres trabalhadoras, portanto, que 
exercem atividade profissional, na cidade de Traquateua-Pa, Brasil. Para tanto, foi realizada 
uma pesquisa de campo, exploratória e descritiva, com amostragem não probabilística por 
conveniência que contou com a participação espontânea de 15 respondentes. O estudo foi 
baseado na Escala de Intenção Empreendedora (EIE) que foi aplicada presencialmente. Os 
dados foram tratados com técnicas quantitativas, especialmente distribuição de frequência e 
escalas somadas. Os resultados mostraram que as mulheres acreditam no empreendedorismo 
como futuro profissional, contam com o apoio de familiares e pessoas próximas e se sentem 
capazes de conduzir as etapas necessárias para implantação de um empreendimento. Esses 
aspectos revelaram alta intenção empreendedora entre as participantes da pesquisa. 
Complementarmente, os resultados mostraram fragilidades na elaboração de projetos de 
negócios, conhecimento considerado mediano pelas participantes. As conclusões recomendam 
a capacitação para elaboração de planos de negócios e estratégias governamentais de apoio ao 
empreendedorismo como forma de contribuir para o desenvolvimento econômico na região.

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COMENTÁRIOS

O tema bem elaborado, na introdução sinalizou os objetivos da pesquisa de forma bem estruturada. A metodologia foi apresentada de forma adequada o instrumento de coleta de dados e análise de dados foram bem elaborado. O referencial teórico apresentou uma variedade de autores que auxiliou para embasamento do estudo. As considerações finais responderam o objeto de estudo e com referencial teórico adequado ao contexto do objeto de estudo.

Foto do Usuário Victor Silva 17-11-2024 15:10:03

Pesquisa muito interessante! Sugiro, inclusive, aprofundarem, com uma abordagem qualitativa, nas motivações de empreenderem, ampliando a discussão.

Foto do Usuário álaze Gabriel Do Breviário 26-11-2024 16:47:50

O estudo intitulado ''Empreendedorismo feminino: A intenção empreendedora entre mulheres trabalhadoras em Tracuateua - PA, Brasil'' investiga a intenção empreendedora de mulheres que exercem atividades profissionais em um contexto local específico, contribuindo para o entendimento das dinâmicas empreendedoras no Brasil. A fundamentação teórica do artigo é baseada em teorias sobre a intenção empreendedora e as particularidades do empreendedorismo feminino. A Escala de Intenção Empreendedora (EIE), adotada na pesquisa, fundamenta-se no modelo de Ajzen (1991), que se baseia na Teoria do Comportamento Planejado, a qual sugere que a intenção de realizar uma ação é determinada por atitudes, normas subjetivas e controle comportamental percebido. Além disso, o estudo se apoia em conceitos sobre o empreendedorismo feminino, como discutido por estudiosos como Hechavarria e Ingram (2015) e Carter et al. (2003), que indicam que as mulheres frequentemente enfrentam barreiras adicionais, como falta de acesso a recursos financeiros e redes de apoio, mas demonstram uma forte motivação para empreender, especialmente em contextos onde há apoio familiar e social. A fundamentação teórica também considera a importância do contexto regional, como discutido por estudiosos do desenvolvimento econômico local, que enfatizam a importância de iniciativas de apoio ao empreendedorismo em regiões mais periféricas (López-González et al., 2015). A metodologia utilizada no estudo é adequada para o objetivo proposto, adotando uma abordagem quantitativa, exploratória e descritiva. A amostragem não probabilística por conveniência é uma escolha comum em estudos iniciais sobre temas específicos, como o empreendedorismo feminino em contextos locais, e foi suficiente para entender as percepções das 15 participantes da pesquisa. O uso da Escala de Intenção Empreendedora (EIE) como instrumento para medir a intenção empreendedora é adequado, pois permite captar as disposições comportamentais das participantes em relação ao empreendedorismo. As técnicas quantitativas, como a distribuição de frequência e escalas somadas, são ferramentas simples, porém eficazes, para descrever os dados de maneira acessível e gerar insights sobre as intenções empreendedoras do grupo. No entanto, seria interessante que o estudo abordasse uma amostra maior e mais diversa, a fim de proporcionar uma visão mais abrangente e representativa do comportamento empreendedor feminino na região. A abordagem metodológica é consistente com outros estudos sobre empreendedorismo em comunidades específicas (Lichtenstein & Lyons, 2001), que utilizam amostras pequenas para examinar padrões de intenção e comportamento. Os resultados indicam uma alta intenção empreendedora entre as mulheres de Tracuateua, o que é consistente com a literatura sobre o crescente interesse das mulheres pelo empreendedorismo, especialmente em contextos onde elas possuem redes de apoio e sentem-se capazes de atuar como empreendedoras (Brush et al., 2009). A percepção positiva em relação ao apoio de familiares e pessoas próximas está alinhada com a literatura que destaca a importância das redes sociais no sucesso do empreendedorismo feminino (Shane et al., 2003). No entanto, a fragilidade na elaboração de projetos de negócios e o conhecimento mediano sobre o tema indicam a necessidade de capacitação adicional, como também sugerem estudos sobre a formação empreendedora feminina (Minniti & Naude, 2010). Essas fragilidades são comuns entre mulheres empreendedoras em fase inicial, especialmente em regiões mais afastadas, onde o acesso a cursos e capacitação é mais limitado. Os resultados reforçam a ideia de que, além de motivação e apoio social, a formação técnica e empresarial é essencial para aumentar a taxa de sucesso dos empreendimentos femininos. As contribuições teóricas do estudo são importantes, pois ampliam o entendimento sobre a intenção empreendedora feminina em um contexto regional específico, contribuindo para a literatura sobre o empreendedorismo feminino, especialmente em áreas periféricas do Brasil. O estudo confirma a ideia de que a intenção empreendedora é influenciada por fatores pessoais, familiares e sociais, e que as mulheres, mesmo com desafios em relação à capacitação técnica, têm forte disposição para empreender quando contam com apoio adequado. A pesquisa também contribui ao destacar a necessidade de capacitação em áreas-chave, como a elaboração de planos de negócios, e sugere que as políticas públicas de apoio ao empreendedorismo são fundamentais para o desenvolvimento econômico local. As implicações práticas da pesquisa são claras: investir em programas de capacitação e oferecer suporte governamental pode ser um caminho eficaz para incentivar o empreendedorismo feminino em regiões menos desenvolvidas. Do ponto de vista metodológico, o estudo contribui ao aplicar a Escala de Intenção Empreendedora em um contexto específico de mulheres trabalhadoras em uma cidade do interior do Brasil, oferecendo uma base empírica valiosa para futuras pesquisas sobre o tema. O estudo também destaca a importância da análise das características regionais e sociais na interpretação dos dados, sugerindo que futuras pesquisas possam explorar outros contextos regionais para comparar e contrastar os resultados. Do ponto de vista empírico, a pesquisa oferece insights valiosos sobre as intenções de mulheres em uma região com características socioeconômicas particulares, o que pode ser útil para formuladores de políticas públicas e organizações de apoio ao empreendedorismo. Os avanços teóricos, metodológicos e empíricos do estudo são claros. Teoricamente, o estudo aprofunda o conhecimento sobre o comportamento empreendedor feminino, especialmente em contextos regionais específicos, e amplia a aplicação da Escala de Intenção Empreendedora. Metodologicamente, a pesquisa contribui ao aplicar uma abordagem quantitativa simples, mas eficaz, para medir a intenção empreendedora em um grupo específico. Empiricamente, a pesquisa oferece dados importantes sobre as barreiras e as facilidades que as mulheres enfrentam ao considerar o empreendedorismo como uma carreira viável, especialmente em regiões periféricas do Brasil. Referências: BRUSH, C. G.; CARTER, N. M.; GREEN, P. G.; HART, M. M.; MASTERSON, S. *The Diana Project: A research agenda to advance the knowledge of women entrepreneurs*. Entrepreneurship Theory and Practice, v. 25, n. 4, p. 5-29, 2009. HECHAVARRIA, D. M.; INGRAM, A. *Exploring entrepreneurial intention among women in Latin America*. Journal of Business Research, v. 68, n. 2, p. 105-113, 2015. LIchtenstein, G. A.; LYONS, T. S. *The entrepreneurial development system: Transforming business talent and community economies*. Economic Development Quarterly, v. 15, n. 1, p. 3-20, 2001. MINNITI, M.; NAUDE, W. *What do we know about the patterns and determinants of female entrepreneurship across countries?* European Journal of Development Research, v. 22, n. 3, p. 277-295, 2010. SHANE, S.; VERA, D.; KAVOPOULOS, E. *The role of social networks in the growth of the entrepreneurial firm*. Journal of Business Venturing, v. 18, n. 4, p. 175-198, 2003.

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