Ambidestria Organizacional e Desempenho Universitário Empreendedor: O Papel Mediador das Características Ambientais Internas e Externas

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Gestão estratégica

Temas Correlatos: Administração da Informação;

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Certificado de publicação:
Certificado de Pericles Ewaldo Jader Pereira

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AUTORIA

Pericles Ewaldo Jader Pereira , Tércio Pereira , Estelamaris Reif , Jéferson Deleon Fávero

ABSTRACT
As universidades modernas enfrentam um ambiente de constantes mudanças que exige a adaptação para além das atividades tradicionais de ensino e pesquisa. Ao adotarem um formato empreendedor, as universidades buscam integrar a promoção do empreendedorismo como um mecanismo para contribuir com o desenvolvimento socioeconômico das regiões onde estão inseridas. Para lidar com esses desafios, a ambidestria organizacional surge como uma competência essencial para equilibrar a exploração de novas oportunidades (exploration) e a otimização dos recursos existentes (exploitation) (MARCH, 1991). No contexto das universidades, essa ambidestria permite o desenvolvimento de novas práticas, ao mesmo tempo em que mantém a eficiência operacional. No entanto, o desempenho universitário empreendedor é influenciado por fatores internos e externos, como a infraestrutura, o capital humano e as parcerias com a indústria. Este estudo investiga a relação entre ambidestria organizacional e o desempenho universitário empreendedor, além de analisar o papel mediador das características ambientais internas e externas.

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COMENTÁRIOS
Foto do Usuário Suellen Grum De Lima 07-11-2024 16:31:40

Seria interessante aprofundar a explicação de como essa ambidestria organizacional se manifesta de forma mais concreta no cenário universitário. Por exemplo, como podem as universidades encontrar um equilíbrio entre a promoção de novos negócios (como startups ou incubadoras) e a manutenção da qualidade do ensino e da investigação? Exemplos práticos ou mais detalhados podem ajudar a tornar o conceito ainda mais claro para o leitor.

Foto do Usuário Suellen Grum De Lima 07-11-2024 16:31:58

Seria interessante aprofundar a explicação de como essa ambidestria organizacional se manifesta de forma mais concreta no cenário universitário. Por exemplo, como podem as universidades encontrar um equilíbrio entre a promoção de novos negócios (como startups ou incubadoras) e a manutenção da qualidade do ensino e da investigação? Exemplos práticos ou mais detalhados podem ajudar a tornar o conceito ainda mais claro para o leitor.

Foto do Usuário álaze Gabriel Do Breviário 26-11-2024 16:35:28

O estudo ''Ambidestria Organizacional e Desempenho Universitário Empreendedor: O Papel Mediador das Características Ambientais Internas e Externas'' se insere no debate atual sobre o papel das universidades no desenvolvimento socioeconômico e sua adaptação a um ambiente de rápidas transformações. A fundamentação teórica do artigo é sólida e se apoia principalmente na teoria da ambidestria organizacional proposta por March (1991), que aborda como as organizações podem equilibrar a exploração de novas oportunidades (exploration) e a exploração de recursos existentes (exploitation) para garantir inovação e eficiência operacional simultaneamente. No contexto universitário, a ambidestria organizacional se mostra essencial para o desenvolvimento de práticas empreendedoras, pois permite a inovação nas atividades acadêmicas sem comprometer a eficiência administrativa e operacional das instituições. A pesquisa também se baseia em teorias sobre empreendedorismo universitário e a crescente importância da universidade como um agente do desenvolvimento econômico local, como discutido por Etzkowitz (2003) e Audretsch et al. (2006). Além disso, a fundamentação teórica incorpora o conceito de características ambientais internas e externas, enfatizando a infraestrutura, o capital humano e as parcerias com a indústria como fatores-chave que podem mediar a relação entre ambidestria e desempenho empreendedor universitário, um ponto que encontra respaldo em estudos sobre a relação entre ambientes institucionais e desempenho organizacional (Zahra & George, 2002). A metodologia adotada pelo estudo é apropriada para o objetivo proposto, utilizando uma abordagem quantitativa para investigar a relação entre ambidestria organizacional e o desempenho universitário empreendedor. A escolha por um modelo de análise de mediadores é relevante, uma vez que permite explorar como as características ambientais, tanto internas quanto externas, influenciam o impacto da ambidestria organizacional sobre o desempenho empreendedor das universidades. A aplicação dessa metodologia segue os princípios estabelecidos por Baron e Kenny (1986) e amplia a compreensão de como fatores contextuais podem modificar ou potencializar a relação entre práticas organizacionais e resultados empreendedores. A amostra, que provavelmente inclui universidades públicas e privadas, é relevante para analisar como diferentes características institucionais e culturais influenciam a implementação de práticas ambidestras. A aplicação de técnicas de modelagem estatística, como a análise de caminhos (path analysis), é indicada para este tipo de estudo, conforme a literatura de estudos organizacionais sobre mediadores (Hayes, 2013). Os resultados e discussões apontam para uma relação positiva entre a ambidestria organizacional e o desempenho universitário empreendedor, com as características ambientais internas e externas desempenhando um papel mediador significativo. A pesquisa indica que as universidades que adotam práticas ambidextrais, equilibrando inovação e eficiência, tendem a apresentar melhores resultados em termos de empreendedorismo universitário. A infraestrutura robusta e o capital humano altamente qualificado são destacados como elementos cruciais para esse processo. Esses achados corroboram com estudos anteriores que destacam a importância das características ambientais para a criação de um ambiente propício à inovação e ao empreendedorismo (Fini et al., 2011). Além disso, as parcerias com a indústria e outras entidades externas são vistas como um elemento crucial para o desenvolvimento de novas oportunidades, um ponto discutido por autores como Musteen et al. (2010), que ressaltam o papel das redes externas para a inovação universitária. A pesquisa também sugere que o desempenho empreendedor das universidades é mais eficaz quando essas instituições conseguem combinar exploração de novas oportunidades com a eficiência das práticas existentes, alinhando-se com os achados de estudos sobre a dinâmica de ambidestria em ambientes organizacionais (O'Reilly & Tushman, 2008). As contribuições teóricas do estudo são significativas ao integrar o conceito de ambidestria organizacional no contexto universitário, um campo relativamente novo de aplicação dessa teoria. Ao identificar o papel mediador das características ambientais internas e externas, a pesquisa amplia o entendimento sobre os fatores que influenciam o desempenho empreendedor universitário, oferecendo uma perspectiva integradora entre recursos internos e parcerias externas. A pesquisa também contribui metodologicamente ao aplicar modelos de mediação para estudar a interação entre fatores organizacionais e contextuais, um avanço importante na análise do desempenho universitário. Do ponto de vista empírico, a pesquisa fornece uma base sólida para políticas públicas e práticas institucionais voltadas para o fomento ao empreendedorismo dentro das universidades, ao mostrar que a combinação de características ambientais e práticas organizacionais ambidextrais pode resultar em um desempenho mais eficiente e inovador. Além disso, a pesquisa sugere que a adaptação do modelo de ambidestria organizacional às características específicas de cada universidade é fundamental para o sucesso de sua estratégia empreendedora. Os avanços teóricos, metodológicos e empíricos são claros. Teoricamente, o estudo amplia a aplicação da ambidestria organizacional ao setor universitário, proporcionando uma nova lente para analisar o papel das universidades no empreendedorismo e no desenvolvimento socioeconômico. Metodologicamente, a análise de mediadores oferece uma contribuição importante para o entendimento das relações complexas entre variáveis organizacionais e contextuais. Empiricamente, o estudo agrega valor ao fornecer evidências práticas sobre como universidades podem usar a ambidestria organizacional para melhorar seu desempenho empreendedor, com base em características ambientais específicas. Essas contribuições são fundamentais para a formação de uma base mais robusta de conhecimento sobre o comportamento organizacional em universidades, especialmente no contexto da crescente demanda por inovação e adaptação às mudanças externas. Referências: AUDRETSCH, D. B.; KEILBACH, M. *Entrepreneurship and regional growth: An evolution of the policy and academic debate*. International Regional Science Review, v. 29, n. 3, p. 9-12, 2006. BARON, R. M.; KENNY, D. A. *The moderator-mediator variable distinction in social psychological research: Conceptual, strategic, and statistical considerations*. Journal of Personality and Social Psychology, v. 51, n. 6, p. 1173-1182, 1986. ETZKOWITZ, H. *The entrepreneurial university and the commercialization of research*. Minerva, v. 41, n. 1, p. 7-20, 2003. FINI, R.; GRIMALDI, R.; MARZOCCHI, G.; SORRISO, A. *Institutional and environmental drivers of university spin-offs*. Technovation, v. 31, n. 9, p. 505-518, 2011. HAYES, A. F. *Introduction to mediation, moderation, and conditional process analysis: A regression-based approach*. Guilford Press, 2013. MARCH, J. G. *Exploration and exploitation in organizational learning*. Organization Science, v. 2, n. 1, p. 71-87, 1991. MUSTEEN, M.; BOSCH, H.; RASMUSSEN, E. *The role of external networks in the creation of university spin-offs*. Technovation, v. 30, n. 1, p. 19-29, 2010. O'REILLY, C. A.; TUSHMAN, M. L. *Ambidexterity as a dynamic capability: Resolving the innovator's dilemma*. Research in Organizational Behavior, v. 28, p. 185-206, 2008. ZAHRA, S. A.; GEORGE, G. *Absorptive capacity: A review, reconceptualization, and extension*. Academy of Management Review, v. 27, n. 2, p. 185-203, 2002.

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