ABSTRACT

As parasitoses intestinais, doenças causadas em sua maioria por protozoários e helmintos, representam um grave problema de saúde pública. As crianças fazem parte de um grupo mais vulnerável a essas infecções devido à imaturidade do sistema imune e o maior contato com o solo contaminado, podendo gerar consequências para o estado físico, nutricional e mental desses indivíduos. Assim, o presente estudo teve como finalidade investigar a ocorrência de parasitoses intestinais em estudantes de duas escolas da rede pública de Petrolina, Pernambuco. Os responsáveis legais pelos alunos autorizaram a análise da amostra fecal das crianças e responderam a um questionário, sobre as condições socioeconômicas, de higiene e moradia. Os exames parasitológicos foram realizados pelo método de Hoffman, Pons e Janer. Foram recebidas 21 amostras, das quais 38,1% (n=8) apresentaram positividade para alguma parasitose. A prevalência de parasitos foi maior em crianças do sexo masculino, com 46,2% (n=6) e nas faixas etárias de 6 a 11 anos e 9 a 11 anos, com 37,5% cada (n=3). A partir dos questionários aplicados, observou-se que a maior parte dos participantes nunca havia realizado o exame de fezes. As crianças mais atingidas consomem água da torneira, ingerem alimentos crus (legumes, verduras e frutas), possuem fossa em casa, costumam andar descalços e tem contato com animais de estimação. Nessa perspectiva, considerando o índice de infecção por parasitos, percebe-se a necessidade de ações de educação em saúde, de busca diagnóstica e tratamento nas populações mais suscetíveis, buscando a melhoria da saúde e qualidade de vida de todos.