ABSTRACT

Os impactos cognitivos negativos causados pela hipercolesterolemia são bem documentados e são acompanhados por disfunções metabólicas como: estresse oxidativo, neuroinflamação e déficits cognitivos. Em contrapartida, a literatura descreve o potencial do frio como modulador metabólico, com potencial de reverter efeitos deletérios dos distúrbios metabólicos relacionados com a altas concentrações séricas de colesterol. Este estudo explora o potencial de exposições prolongadas e intermitentes ao frio como fator neuroprotetor capaz de prevenir o declínio cognitivo induzido pela hipercolesterolemia, utilizando camundongos nocautes para o receptor de LDL. Foram realizados os testes de campo aberto, reconhecimento ao novo objeto e splash test, demonstrando que a modulação metabólica causada pela exposição prolongada e intermitente ao frio reverteu os déficits cognitivos causados pela hipercolesterolemia nos camundongos machos. Dessa forma, pode-se concluir que há indícios de que a exposição intermitente e prolongada ao frio é capaz de reverter déficits de memória causados pela hipercolesterolemia.