ABSTRACT

Inseticidas botânicos podem atuar de diversas maneiras nos insetos, como por exemplo agir por contato, ingestão, fumigação, podem funcionar como atraentes, repelentes, deterrentes de alimentação e oviposição, ou através da interferência em enzimas digestivas e neurológicas. Nesse trabalho, avaliamos o efeito repelente dos inseticidas botânicos comerciais Matrine®, Fitoneem® e PREV-AM® sobre a lagarta-da-coroa do morangueiro Duponchelia fovealis. Foi utilizada a metodologia de arenas, onde uma parte de um disco de papel filtro foi umedecida com o produto e a outra metade com água. As duas metades foram conectadas com o uso de uma fita adesiva (região neutra), na qual 10 lagartas de terceiro instar foram adicionadas e avaliadas em relação a preferência por permanecer na região ou se movimentar para a área com ou sem produto. Foram realizadas 10 repetições por tratamento, incluindo o controle positivo Pirate®, e três tempos de avaliação (15, 30 e 60 min). Utilizou-se o cálculo do Índice de Inibição das Lagartas (II) e de Intervalos de Classificação (CI) para avaliar a ação no inseto analisado. Aos 15 e 30 min, os inseticidas botânicos e o controle não exerceram atratividade nem repelência para as lagartas. Aos 60 minutos de avaliação, os tratamentos Matrine®, Fitoneem® e PREV-AM® apresentaram quantidades semelhantes de lagartas de D. fovealis na distribuição da arena e foram classificados como produtos neutros em relação a atratividade ou repelência, e Pirate®, apresentou aumento significativo na atratividade das lagartas.