SÍNDROME DE BURNOUT NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO COM DOCENTES DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Gestão de RH

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AUTORIA

Évano Fernandes Costa Filho , Rosângela Queiroz Souza Valdevino , Pablo Marlon Medeiros Da Silva , Brena Samara De Paula , Susane Isabelle Dos Santos

ABSTRACT
O objetivo desta pesquisa é verificar quais os fatores que podem levar os docentes do ensino superior da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) nos cursos de Ciências Contábeis e Administração a serem acometidos pela Síndrome de Burnout. Para realização do trabalho a metodologia utilizada foi de natureza quantitativa e descritiva. O estudo foi composto por 27 docentes da instituição, em que, 71,42% do total de professores do curso de Administração respondeu a pesquisa e do curso de Ciências Contábeis obteve-se resposta de 80,95% dos professores. 50% dos entrevistados do curso de Administração estavam em fase inicial e do curso de Ciências Contábeis 17,65% estavam em fase inicial da SB e 76,47% apresentaram possibilidade de adquirir a síndrome. Concluiu-se que os fatores relacionados ao trabalho são os mais significativos em relação à SB.

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COMENTÁRIOS
Foto do Usuário álaze Gabriel Do Breviário 30-11-2023 17:43:32

Filho et al (2023), a pesquisa de vocçes sobre a Síndrome de Burnout (SB) foi bem conduzida, redigida, explanada, apresentada. Só lembrando, enquanto um pós-graduando de neurociências, comportamento e psicopatologia, que meros sintomas de SB não são suficientes para fechar o dianóstico da patologia que vocês mesmo mencionaram ser classificada no CID 10 com o código Z73, ''sendo um problema que está relacionado ao modo de vida, podendo provocar dores musculares, fadiga, hipertensão e esgotamento emocional, chegando ao estado depressivo, acompanhado de insônia, impaciência e irritabilidade'' (FILHO et al, 2023, p. 2). Os sintomas físicos, psíquicos, defensivos e comportamentais, apontados na Tabela 1, com base em Benevides-Pereira (2002) estão corretos; mas vários desses mesmos sintomas, isolados ou combinados, podem se mostrar presentes também em outros os casos clínicos como no de transtornos do neurodesenvolvimento (retardo mental, autismo, transtornos da aprendizagem, TDAH), nos quadros psiquiátricos clássicos (depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, transtornos mentais orgânicos, transtorno oposicional desafiante e transtorno da conduta), nos transtornos de ansiedade (de separação, generalizada, fobias, de estresse pós-traumático, obsessivo-compulsivo), nos transtornos menores (do sono, alimentares, da eliminação, do movimento), nos transtornos de personalidade, nas altas habilidades/superdotação, enfim, praticamente todo ser humano, com ou sem outras patologias, podem apresentar a SB. Mas para fechar diagnóstico são necessários vários procedimentos técnicos regulamentados pela legislação, pelas diretrizes do Ministério da Saúde, pelo Conselho Federal de Medicina (que regulamenta todas as especialidades médicas, inclusive a psiquiátrica), pelo Conselho Federal de Psicologia (quando envolve avaliações conduzidas por psicólogos(as) habilitados(as) para esse fim): entrevistas estruturadas com o paciente, com familiares, amigos, empregadores, todas as pessoas que conheçam bem o paciente, que convivam com ele, para fornecerem o arcabouço mais completo possível; e tudo o que for coletado nas entrevistas, precisa ser observado durante um tempo razoável, para validar os dados das entrevistas. No caso das esquizofrenias, por exemplo, o Ministério da Saúde especifica no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas o que se segue: https://www.saude.ba.gov.br/.../PROTOCOLO-CL%C3%8DNICO-E... . Além da entrevista psiquiátrica, é necessário a realização de exame psíquico, para corroborar a primeira fase do diagnóstico. Daniel Martins de Barros (2008), médico do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, supervisor do Núcleo de Psiquiatria Forense (Nufor) do IPq e doutorando na mesma instituição, apresenta os requisitos para a boa prática da entrevista psiquiátrica e do exame: psíquico.https://www.medicinanet.com.br/.../entrevista... . Lembrando que quando o processo de diagnóstico é mal conduzido, seus resultados são incoerentes com a realidade. Daí porque muitos superdotados são confundidos com autistas, esquizofrênicos, e outros casos clínicos. Todavia, os trabalhos de Arango et al (2014), De Peri et al (2012), Di Biase et al (2017) e Li et al (218) apontam alterações cerebrais significativas nos esquizofrênicos, tanto na massa cinzenta, quanto na massa branca e nos ventrículos laterais. Nos exames de imagem que você solicitou para mim tenho certeza que vai ficar evidente que meu cérebro não é de esquizofrênico. Além disso, o trabalho de Moriyama et al (2012) aponta hiperfunção do sistema de dopamina e alteralções glutamatérgicas em esquizofrênicos, o que não ocorre no cérebro de um superdotado. Isso para mostrar que, diagnósticos inadequados podem ser fornecidos também no caso da SB, que precisa ser adequadamente avaliada para fechar um diagnóstico, e um laudo médico, com a adequada classificação no CID 10 ser emitido. As causas apontadas da SB são veridicas, conferem com a literatura científica da temática e com a realidade apresentada por pacientes com a SB. Limitações da pesquisa: ''[...] limitou-se, pois apesar de conseguir dados da maior parte dos docentes, mesmo assim, devido ao pequeno número de respondentes não foi possível resultados tão consistentes, sendo necessários estudos posteriores buscando dados com mais profundidade e em conjunto com outras universidades para caracterizar outros cursos com uma amostra mais representativa.'' (FILHO et al, 2023, p. 15). Muito bem colocadas aqui as limitações da pesquisa; a amostra precisa ser aumentada na UERN, e replicada para outros cursos da UERN, e para outras IES públicas e privadas, nacionais e estrangeiras, para análises comparativas e generalizações confiáveis.

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