Pesquisa Qualitativa em tempos de pandemia: Relato de uma experiência das Dificuldades e Estratégias adotadas na pesquisa qualitativa on line

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Ensino e Pesquisa em Administração

Temas Correlatos: Administração Pública;

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Certificado de publicação:
Certificado de Marcelo Longo Freitas Mandarino

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AUTORIA

Marcelo Longo Freitas Mandarino

ABSTRACT
A transparência de todo o procedimento adotado na pesquisa demonstra o rigor científico juntamente com a ética. Neste sentido, a narrativa adotada neste artigo visa apresentar as diversas estratégias encontradas na literatura que apontam para o sucesso na pesquisa realizada de forma on line, assim como descrever detalhadamente os obstáculos e adversidades enfrentadas. Tal narrativa se refere aos procedimentos adotados na tese de doutorado e estratificado no presente artigo. Para identificação e localização do perfil da amostra utilizou-se de dados públicos. O tratamento dos dados obtidos, assim como a forma para obtenção dos contatos da amostra obedeceram aos critérios apresentados na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Espera-se que o resultado desta pesquisa possa auxiliar a outros pesquisadores que pretendam realizar pesquisas qualitativas de forma on line e com dados públicos. Todo o levantamento bibliográfico das respectivas estratégias, assim como as dificuldades enfrentadas e devidamente descritas, destaca alguns dos desafios a serem enfrentados, as soluções identificadas na tentativa de aumentar a adesão à pesquisa e os respectivos resultados. O estudo também contribui apresentando outras limitações tecnológica e mercadológica.

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COMENTÁRIOS
Foto do Usuário álaze Gabriel Do Breviário 30-11-2023 09:50:01

Mandarino (2023), li seu trabalho e gostei de vários aspectos, que menciono aqui. Seu artigo foi o mais completo que já li sobre pesquisa qualitativa conduzida de forma 100% online. O quadro 1 é muito rico; traz da literatura a essência cientifica sobre os diversos aspectos de uma pesquisa qualitativa conduzida de forma 100% virtual, tais como: a) layout da pesquisa amigável, não trabalhoso, consistente e bem apresentado com instruções claras; b) detalhamento da definição do critério de seleção utilizado para recrutamento dos participantes; c) termo de confidencialidade e sigilo; d) carta de apresentação; d) realização de pré-teste; e) roteiro de perguntas não muito extenso; f) informação do tempo estimado para completar a pesquisa; g) perguntas abertas incorporadas a pesquisa em formato digital; h) correspondência eletrônica (on line) com link para acesso a pesquisa baseado na Web; i) envio de lembretes; g) uso adequado da linha de assunto das mensagens de e-mail; h) alternância de dias da semana e horários para envio da pesquisa. Nas conclusões consta que ''Embora tenha-se mapeado em torno de 4000 MPEs com endereço eletrônico cadastrado no site da RFB, e encaminhados mais de 25.000 e-mails durante o período de 14 semanas, verificou-se no decorrer do estudo diversos desafios, a considerar pelo número respostas obtidas na pesquisa, totalizando 37 até o final do período de coleta.'' Dito isto, esse artigo é mais uma prova de que a taxa de respostas em pesquisas conduzidas 100% online é bem pequena, no geral. Após enviar mais de 25 mil emails e receber apenas 37 retornos, isso é negativo, e desmotivador para o pesquisador, embora os resultados devam ser relatados honestamente do mesmo modo, tal como feito aqui nesse artigo, que demonstra candura e ética por parte do pesquisador. Parabéns, Mandarino! Em 2016, enquanto eu era bolsista treinamento na UFSCar, eu também conduzi uma pesquisa na qual eu apliquei questionário eletrônico, tive baixíssima taxa de resposta, o que me desmotivou a continuar a pesquisa, mas fui honesto como você em relatar para a UFSCar os resultados e conclusões tais quais eu as produzi, fidedignamente. A meu ver, o melhor a se fazer não é ficar investindo em sistemas de recompensa para aumentar a taxa de resposta não; a solução é conduzir aplicar os questionários por meio de entrevistas, ao invés de disparar emails ou mensagens via chat; e as entrevista precisam ser conduzidas presencialmente, para se coletar dados detalhados, precisos e fidedignos suficientes para produzir pesquisa científica de elevada qualidade; como entrevistas presenciais aqui compreende-se aquelas conduzidas em encontros presenciais físicos, na casa da pessoa, no seu ambiente profissional, religioso, pessoal, direto com os(as) entrevistados(as), ou encontros presenciais conectados, que são aqueles realizados por meio de vídeo chamadas, tais como os disponíveis nas redes sociais em geral, mais comuns as do Whatsapp, Meet, Zoom, Tems, mas também possíveis pelo Facebook, Instagram, Telegram Pinterest, Youtube, dentre outras redes.

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