EXERCÍCIO E GESTAÇÃO: A ASSOCIAÇÃO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA DOR LOMBAR EM GESTANTES
DOCUMENTAÇÃO
Tema: Educação Física, Nutrição, Fisioterapia e áreas afins na Gestão, Educação e Promoção da Saúde
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AUTORIA
Maira Lima Saboia , Monica Yuri Takito , Sara Oliveira Ladeira
ABSTRACT
Durante a gravidez, o organismo materno sofre alterações significativas, em que a forma e as necessidades do corpo mudam constantemente. Além de representar uma janela de oportunidade para adoção de um estilo de vida ativo e saudável, pode também ser um período de risco para o sedentarismo e distúrbios musculoesqueléticos. Cerca de 50% das mulheres grávidas se deparam com a lombalgia e/ou a dor pélvica. Para muitas, a dor pode acabar interferindo nas atividades diárias. A literatura mostra o exercício físico como um fator que pode remediar ou prevenir a dor lombar e pélvica na gestação. Objetivo: Avaliar a associação do exercício físico com a frequência e intensidade de dor lombar. Método: Trata-se de uma pesquisa quase experimental. O estudo contou com uma amostra de 47 gestantes, alocadas em dois grupos, grupo controle (GC) contendo n=20 e o grupo intervenção (GI) contendo n=27. Os dados foram coletados através de questionários de autopreenchimento, respondidos antes de iniciar a intervenção e após o parto. Foi questionada a prática de atividade física no lazer e com isso, calculado o nível de atividade física. Também foi aplicado o questionário PPAQ, o questionário Oswestry Index (ODI) para avaliação da intensidade da dor lombar e pélvica e a escala visual analógica como auxiliar na avaliação da intensidade da dor. O GI recebeu orientações presenciais com foco na promoção da prática regular de exercício físico direcionada à prevenção e/ou redução da lombalgia e dor pélvica. O GC, recebeu orientações sobre alimentação saudável na gestação, sem incluir a promoção de exercícios físicos. Resultados: A redução do nível de atividade física no período pós-parto, comparado ao período pré-gestação foi menor no GI do que no GC. O GI não apresentou participantes com incapacidade causada por dor nos períodos pré e pós. O GC apresentou um aumento de gestantes com incapacidade (n=3), mas não foi estatisticamente significativo. Nenhuma gestante classificada como ativa apresentou incapacidade moderada. Conclusões: Intervenções pontuais podem modificar o comportamento de gestantes, na presente amostra o pequeno tamanho amostral e a não restrição do grupo controle a prática de exercício físico não permitiram identificar o efeito do exercício específico na dor lombar.
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