Resposta da Cultura da Cebola a Adição de Manganês em Nitossolo Bruno
AUTORIA
Claudinei Kurtz , Fábio Satoshi Higashikawa , Paulo Antonio De Souza Gonçalves , Renata Sousa Resende
ABSTRACT
A adição excessiva de fertilizantes, principalmente contendo nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), o uso de corretivos de acidez em excesso ou mal incorporado, o monocultivo e ausência de rotação de culturas são práticas comuns nas regiões cebolicultoras de Santa Catarina. Estas práticas vêm contribuindo para elevar os custos de produção e os desequilíbrios nutricionais, com aparecimento cada vez mais frequentes de sintomas de deficiência micronutrientes, principalmente de manganês (Mn), zinco (Zn) e de boro (B). O objetivo deste trabalho foi determinar nível crítico de manganês no solo em casa de vegetação e verificar efeito deste nutriente no rendimento de cebola.O experimento foi conduzido em casa de vegetação com o solo Nitossolo Bruno (Embrapa, 2006) proveniente da região produtora de cebola do Meio-Oeste catarinense no município Lebon Regis, SC. A análise de solo da camada de 0 a 20 cm apresentou os seguintes valores: Argila 43%; pH-água: 6,4; pH-SMP; 6,6; P: 32 mg/dm3; K: 176 mg/dm3; M.O.: 4,5 %; Ca: 15,3 cmolc/dm3; 7,6 cmolc/dm3; Al: 0,0 cmolc/dm3; Cu: 4,3 mg/dm3; Zn: 2,3 mg/dm3; Fe: 73 mg/dm3 e Mn: 3,0 mg/dm3; Os tratamentos foram 5 doses de Mn via solo usando como fonte o sulfato de manganês (0, 5, 10, 20 e 40 kg ha-1 de Mn), um tratamento com adição foliar de Mn (Sulfato de Mn a 1% aplicado quinzenalmente). O experimento foi implantado em junho e a colheita realizada em novembro de 2022. Cada vaso foi adicionado 7 kg de solo (base seca) e realizado calagem para pH 6,5 e adubação com N, P, K, S, Zn, B, Cu e Mn conforme cada tratamento. Os nutrientes N e K foram complementados em cobertura. O delineamento foi inteiramente casualizado com 3 repetições. Cada vaso foi cultivado 3 plantas (semeadas diretamente no vaso) de cebola da cultivar SCS 373 Valessul.O rendimento de bulbos aumentou com a adição de Mn tanto via solo como foliar. A dose de máxima eficiência técnica foi estimada em 25,45 kg de Mn ha-1 que promoveu um incremento de 18,4 % na produção de bulbos. A aplicação de Mn via foliar a 1%, pulverizado quinzenalmente, também promoveu aumento no rendimento e foi similar aos tratamentos com Mn via solo. A adição de Mn via solo aumentou de forma quadrática os teores de Mn no solo. O teor crítico de Mn no solo para o rendimento máximo foi 3,1 mg dm-3. O tratamento foliar também apresentou incremento nos teores de Mn no solo.
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