Avaliação da Tolerancia À Variação Hídrica da Região Nordeste e Novos Cultivos Potenciais.
AUTORIA
João Paulo Balbino Da Silva , Ruan Carlos Corrêa , Lucas Eduardo De Oliveira Aparecido , Guilherme Botega Torsoni , Maiqui Izidoro
ABSTRACT
O estudo teve como objetivo evidenciar o potencial produtivo da região Nordeste do Brasil para a agricultura através da caracterização das condições hídricas espaciais e sazonais. Utilizou-se uma base de dados histórica de 1950 e 1990 com informações sobre precipitação pluviométrica e temperatura do ar coletados de 1536 locais. Para a evapotranspiração de referência (ETP) utilizou-se o método de Thornthwaite (1948) e o balanço hídrico (BH) foi gerado pelo método de Thornthwaite e Mather (1955), a partir de uma capacidade de armazenamento de água (CAD) de 100 mm. Os dados foram especializados utilizando o método de krigagem. Com a verificação dos resultados, visualizou-se que a temperatura média na região foi entre 20 e 29°C, com o estado do Maranhão apresentando a temperatura mais elevada. Os dados de precipitação anual do Nordeste variaram entre 955 e 1600 mm, com maior concentração no estado do Maranhão e menor no Rio Grande do Norte. Identificou-se que o maior armazenamento de água no solo foi registrado entre os meses de janeiro a julho, com maior ênfase no litoral. Os níveis de déficit hídrico ficaram com média entre 200 a 700 mm anuais, com o estado do Ceará concentrado com os maiores valores e com alta probabilidade de ocorrência. Ao analisarmos o balanço hídrico para a região, a média geral, de excedente e déficit foram, respectivamente, 43,6 (±17,6) mm, 231,4 (±276) mm e 430,6 (±168,6) mm. Dessa forma, com todos os resultados obtidos, para as regiões mais secas, são indicados os cultivos como pinhão manso, mandioca e cana-de-açúcar.
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