ABSTRACT

A vivência de preconceito e falta de aceitação social em pessoas transgêneras geram uma 
série de impactos, como insatisfação com o próprio corpo, padrões alimentares 
desajustados, práticas de restrição, compulsão alimentar e distorção da imagem corporal. 
Esta pesquisa objetivou realizar uma revisão de literatura dos impactos dos transtornos 
alimentares na saúde mental e qualidade de vida das pessoas que se identificam enquanto 
transgêneros. Nos achados, foi possível perceber que pessoas trans vivenciam ao longo da 
vida níveis de estresse e sofrimento relacionados a não identificação com seus corpos de 
origem, a saber: baixa aceitação social, vivências de preconceito e discriminação 
relacionadas aos fatores de gênero. Tais estressores são fatores de risco para baixa 
autoestima, impactando negativamente a saúde mental e sendo fatores de risco para o 
desenvolvimento de transtornos alimentares.