ABSTRACT

Define-se autoestima como a capacidade de um indivíduo de ter afeto por si mesmo, podendo impactar diversas áreas da vida, positiva ou negativamente. O objetivo deste estudo foi analisar se o acesso a livros representativos de sua etnia durante a infância influencia a formação da autoestima de pessoas negras em longo prazo. A pesquisa utilizou como instrumentos de coleta de dados um questionário fechado aplicado via Google Forms a 86 jovens e adultos negros, e entrevistas com 4 professores. Os resultados sugerem que o acesso a livros representativos, em conjunto com outras ferramentas, pode propiciar um desenvolvimento mais saudável da autoestima de pessoas negras. Verificou-se também que mesmo com a promulgação da Lei 10.639/03, não existe um planejamento estruturado a respeito da abordagem desta temática, para garantir que os educadores estejam preparados para desenvolver o assunto em sala de aula. Deste modo, o caminho em médio e longo prazo seria a participação obrigatória de professores em cursos de reciclagem, garantindo assim uma formação continuada. Para preparar os que ainda estão na Universidade, seria interessante que as Instituições de ensino oferecessem disciplinas pedagógicas obrigatórias focadas em cultura afro, preferencialmente utilizado autores(as) negros(as).