Possíveis caminhos do brincar na análise de uma criança enlutada

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Pandemia, perdas, luto

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AUTORIA

Carolina Pasqueto

ABSTRACT
Nesse momento em que somos atravessados por diversas formas de luto em decorrência da pandemia, o presente trabalho propõe - se a abordar o caso de uma paciente de quatro anos de idade que perdeu o pai de forma repentina.
Procurou-se discorrer sobre o papel da  análise  e do brincar no caso de uma criança enlutada de tenra idade, além da presença/ausência da analista no processo de elaboração do luto e a função dos objetos.
Foram abordados a partir de uma perspectiva freudiana  temas como o luto, o trauma e as possíveis defesas e recursos disponíveis no aparelho psíquico em prol de reparações mais simbólicas. Também foram abordados o papel do brincar e da simbolização no processo de elaboração do luto.
Foram descritos alguns dados das entrevistas realizadas com a mãe e algumas cenas das sessões realizadas com a criança na presença da genitora.
 A análise é um dos possíveis caminhos para a elaboração do luto, ao oferecer um espaço no qual é possível acolher a angústia e construir significados e representações mais simbólicas para lidar com a perda do objeto. Sendo o brincar, a via privilegiada pela qual a criança pode manifestar conteúdos, angústias e desejos, tal qual uma associação livre.
As crianças podem repetir na brincadeira experiências traumáticas. A repetição também é um possível caminho para a elaboração à medida que se configure como um indutor para outras formas de destinação das pulsões.
Um dos aspectos que apresentou destaque no trabalho foi o brincar como uma via de representação de vivências desagradáveis que possibilitam outras formas de se posicionar mediante as situações traumáticas, inclusive como o agente da ação.
Para concluir, levando em consideração a questão do trauma como a repetição de cenas que somente apresentam e não representam o que foi vivido. No trabalho analítico é possível trilhar outros caminhos, ocupar posições diferentes, dispor de novas representações e recursos mais simbólicos, mesmo que se mantenha o desfecho da história.



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