ABSTRACT

As sementes de soja são sempre inoculadas com bactérias fixadoras de nitrogênio (N) antes do processo de semeadura, uma técnica já consolidada, porém problemas podem acontecer nesse momento da semeadura. Dessa forma, a pré-inoculação das sementes é um processo que visa reduzir os problemas que podem ser gerados com as sementes que são guardadas inoculadas com as bactérias fixadoras de N. Há vários indícios que apontam que o processo de pré-inoculação comumente é falho devido ao efeito do defensivo agrícola sobre tais bactérias. Como forma de reduzir o efeito dos defensivos agrícola tem-se os osmoprotetores, substâncias que tem como função a proteção bacteriana. Assim sendo, objetiva-se com o presente trabalho a avaliação de cinco osmoprotetores – ácido glutâmico, maltose, sacarose, um produto comercial que contém resíduos de peixe e outro fonte de aminoácidos – na bioproteção da bactéria Bradyrhizobium japonicum em sementes de soja da cultivar Intacta RR2PRO tratadas com o defensivo agrícola Standak Top, analisando-se também o tempo (0, 4, 8 e 24 horas) em que a dosagem bacteriana se mantém. Os resultados indicaram funcionalidade, por mais que aquém da dosagem bacteriana assegurada pelo inoculante, de todos os osmoprotetores, sendo o tratamento realizado com o produto a base de peixe o que melhor apresentou resultados nos tempos de 0 e 4 horas, e o tratamento com sacarose nas contagens de 8 e 24 horas. Os demais osmoprotetores demonstraram-se menos eficientes.
Palavras-chave: pré-inoculação; Bradyrhizobium japonicum; bioproteção; defensivo agrícola.