O GRUPO DE APOIO MULTIFAMILIAR À ADOÇÃO: UM COMPROMISSO SOCIAL E EDUCATIVO
DOCUMENTAÇÃO
Tema: Infância, juventude e diversidade
Temas Correlatos: Infância, juventude e clínica;
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AUTORIA
Luana Da Silva Castilho
ABSTRACT
Este artigo tem como finalidade refletir teoricamente sobre a adoção a partir da psicanálise, discutir sobre os principais mitos e preconceitos a respeito da adoção e destacar a importância dos grupos de apoio à adoção. Sabe-se pela literatura que ter um filho imputa uma reflexão sobre as próprias motivações, riscos, expectativas, desejos e medos, que precisam ser identificadas pelos adotantes e pelos que trabalham no processo a fim de encontrar pais para filhos e promover um bom encontro. Todavia, a idealização que envolve o processo pode se tornar um empecilho na construção de uma relação real com um filho real.Sua justificativa e relevância apontam que mesmo com o avanço de pesquisas e de novos grupos de apoio, a adoção é ainda permeada por mitos e preconceitos que urgem serem desfeitos. Deste modo, relatar aquilo que se vive e tem estremecido os significantes ligados à adoção se faz importante, pois contribuem para a discussão do tema e no incentivo de tal ação. Além disso, ressalta-se a coerência com o tema deste evento: “Os nomes-da-criança: Infâncias, alteridade e inclusão”, uma vez que este trabalho, bem como a prática a que se refere tem como pressuposto o entendimento de que as noções e as vivências de infância, criança e família não são universais, e se posiciona na direção das infâncias esquecidas nas instituições de acolhimento a espera por ter o seu direito à convivência familiar garantido. Assim, o trabalho com o grupo de apoio à adoção tem um papel importante na proteção destas crianças e na luta por mais visibilidade para esta causa. Trata-se aqui de pluralizar as noções de infância e família por meio de práticas e da construção de um arcabouço teórico comprometido com a transformação desta realidade. Ressalta-se ainda que esta prática grupal guiada pela ética da psicanálise privilegia as produções autônomas dos candidatos, dá voz ao seu desejo e faz da palavra dita ferramenta de elaboração subjetiva e de esclarecimentos importantes.
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