O desejo em questão na formação de professores de Português como Língua de Acolhimento (PLAc) para imigrantes

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Tema: Mal-estar contemporâneo e impasses na educação

Temas Correlatos: Mal-estar contemporâneo e impasses na educação;

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AUTORIA

Arabela Vieira Dos Santos Silva E Franco

ABSTRACT
Os fluxos migratórios de crise da atualidade refletiram no número de matrículas de alunos de outras nacionalidades em escolas brasileiras, que de acordo com o INEP, passaram de 34 mil em 2008 para quase 73 mil em 2016. Em 2020 foi homologada uma resolução que dispõe sobre o direito de matrícula de crianças e adolescentes migrantes nas redes públicas de educação básica brasileiras, ficando a cargo das escolas ofertar a eles o ensino de português como língua de acolhimento. Porém, no Brasil, há apenas 4 universidades que oferecem licenciatura para essa especificidade de contexto. Outra questão relevante é que, ainda que houvesse licenciaturas em PLA e/ou PLAc, essas não são usualmente reconhecidas como um espaço para formação de professores para crianças, que é uma especificidade das Faculdades de Educação. Contudo, embora a Faculdade de Letras da UFMG não ofereça essa habilitação, oferece ações de formação a partir da oferta de disciplinas e pesquisa na graduação e pós-graduação, além da possibilidade de estágios no seu centro de extensão. Isso posto, a proposta central desta pesquisa foi valorizar essas outras formas de formação docente privilegiando um olhar sobre e a partir de um o sujeito que se forma professor na sua singularidade. Para tanto, lanço mão da teoria psicanalítica Freudo-lacaniana e do método clínico para a formação do corpus. Apresento um panorama das trajetórias das cinco professoras participantes, e apresento o caso de uma delas que também exerce a função de formadora. Indaguei sobre o que parece operar como causa de seu desejo de atuar nessa área, considerando-se a ocorrência de um elevado número de situações  como possíveis promotoras de impasses. A hipótese é que seu desejo de ensinar sua língua materna como uma língua estrangeira se sustentaria no desejo pelo encontro com algo que lhe é estranhamente familiar, a sua falta constitutiva; um desejo sem objeto, que simbolizado no ato de ensinar a faz operar na sua transmissão do desejo de saber.

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