Microcrédito Produtivo Orientado: um estudo sobre a orientação técnica fornecida aos tomadores de crédito em uma instituição microfinanceira
DOCUMENTAÇÃO
Tema: Empreendedorismo e inovação
Temas Correlatos: Gestão estratégica;
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AUTORIA
Rogério Sarkis Da Costa , Marlene Do Carmo Campoi , Márcia Marisa Corrêa
ABSTRACT
O presente trabalho teve por objetivo identificar as contribuições da orientação técnica decorrentes das operações de microcrédito produtivo orientado, à luz do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), oferecido por Organizações Sociais Civis de Interesse Público (OSCIPs) e tem por finalidade disponibilizar novos conhecimentos e proporcionar à sociedade informações que promovam e fortaleçam esta atividade. A pesquisa foi delineada como exploratória, visto o nível de desconhecimento sobre a temática estudada, utilizando abordagem qualitativa para a coleta de dados, por meio de entrevistas semidiretivas junto a duas diferentes fontes de informação: agente de crédito (10 casos) e tomador de crédito (10 casos), o que gerou aprofundamento e mais familiaridade com o tema de pesquisa. A OSCIP selecionada para origem dos casos está sediada no município de Santo André com atendimento pulverizado na região do Grande ABC e parte da cidade de São Paulo. Os achados do estudo revelam que a operação de Microcrédito Produtivo Orientado (MPO) estaria ocorrendo mais sob o formato de microcrédito produtivo acompanhado do que orientado, visto que a efetivação de uma orientação técnica necessitaria de um esforço adicional de preparação do agente de crédito, o que evidentemente impõem maior nível de investimento em treinamento. Contudo, a atuação do agente de crédito próxima ao tomador do crédito é fundamental para que a missão do microcrédito seja atingida, tanto quanto ao desempenho econômico-financeiro da instituição quanto ao seu desempenho social, visto ser o relacionamento agente de crédito-tomador de crédito o instrumento de construção da relação de confiança que parece sustentar esse desempenho.
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Tema muito relevante, pois as fontes de capital, no Brasil, são restritas devido à burocracia exigida pelos grandes bancos que contrasta com a falta de documentação formal das microempresas. Por outro lado, os empréstimos tendem a ser mais significativos para tais empresas do que as grandes corporações. Outro ponto de destaque é o relacionamento entre o agente de crédito e o tomador, que vai além de uma negociação comercial de empréstimo, mas um processo em que os dois lados obtêm benefícios mútuos e duradouros.
A proposta do artigo é muito interessante, o microcrédito tem crescido de maneira exponencial e colaborado muito, quando bem utilizado, para o desenvolvimento de empreendedores locais, pequenos negócios, entre outros. O artigo destaca bem a dificuldade existente quanto a prestação de serviço de orientação por parte dos agentes de microcrédito, tendo em vista a necessidade de mão de obra melhor qualificada, o que pode ocorrer através de treinamentos, capacitações e etc. O acompanhamento faz parte da rotina desses agentes, porém a orientação pode fazer toda a diferença na aplicação dos recursos e consequentemente nos resultados dos tomadores de crédito.
No contexto atual, o tema microcrédito ganha cada vez mais relevância, na medida em que cresce o número de trabalhadores informais no País em busca de financiamento. O artigo traz importante achado ao constatar possível deficiência no processo de orientação para tomada do crédito. Parabéns aos autores.
