A docência como prática não-toda e a possibilidade de transmissões de saberes autorais

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Mal-estar contemporâneo e impasses na educação

Temas Correlatos: Formação e trabalho de profissionais da infância;

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AUTORIA

Lucas Eduardo Souza Assunção Lopes , Margareth Diniz

ABSTRACT
Os objetivos que este resumo se pretende alcançar, vão ao encontro de: conceituar o que viria a ser o mal-estar contemporâneo; indicar como o mal-estar contemporâneo pode vir a atravessar o exercício docente; propor a docência como prática não-toda; e por fim, indicar a saída pelo não-todo como possibilidade de furar o discurso totalitário e universal, por meio da ética proposta pela Psicanálise de escuta singular do caso a caso, podendo emergir atos de invenção e criação singulares. 
Sendo assim, acreditamos, que há um descompasso entre os sujeitos e as suas pulsões, sempre em busca de realização; e as interdições da civilização, que constantemente barram e ditam o que se deve desejar, como se deve gozar e com quais objetos de desejo. 
Com isso, este mal-estar contemporâneo, também pode ser percebido no campo da Educação, por meio dos ideais capitalistas e universitários que adentram este campo, instituindo concepções totalitárias e universais, que tendem a obstaculizar o olhar singular, a escuta do caso a caso e as possibilidades de criação e invenção. 
Em face do exposto, há inúmeras saídas que podem vir a ser adotadas por aquelas/es que exercem o exercício docente: o ato de paralisar; de corrigir; de reprimir; de segregar; de se inibir por meio de um não-saber o que fazer com isso; e também o ato de assumir um não-saber diante disso, mas o desejo de querer escutar essas diferenças que proliferam. Cada solução inventiva, só poderá ser ouvida em sua singularidade.
Sendo assim, conceituamos o ofício da docência, como o ato provisório em que o sujeito ocupa na posição do mestre. Nesse contexto, fazemos uma aposta a partir do lugar provisório do mestre, como sendo também, a possibilidade de uma emersão do fazer-docente autoral, por meio do ato de transmissão dos saberes não-todos.
Ao propor a docência como uma prática não-toda, vislumbramos uma ruptura no saber constituído como universal e para todos, como uma saída possível diante do mal-estar contemporâneo. 

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