ABSTRACT

A fase pandêmica que o mundo vive tem gerado perturbações psicossociais
significativa aos adultos e principalmente às crianças. Frente a tal adversidade,
pretendemos refletir sobre os prejuízos do desenvolvimento infantil no contexto
de isolamento social sob o olhar psicanalítico. Focamos na realidade das
crianças brasileiras, suas diferenças socioeconômicas e a ampliação das
dificuldades no exercício do seu direito à educação, entre outros, e no mal-
estar dos pais e dos educadores diante da adaptação a este “novo normal”.
Abordamos as estratégias de intervenções eficazes para a nova demanda que
vem surgindo, pois, o confinamento de crianças por quase dois anos, contribuiu
para o aumento de violência doméstica, fator este que ameaça tanto a
integridade física quanto a mental das crianças. Concluímos que a efetivação
de uma política de apoio psicológico para pais e para educadores, por meio
das redes de saúde públicas, será de suma importância.