ABSTRACT

Objetivos: Descrever o perfil dos pacientes tratados na UTI; quais os principais antibióticos utilizados e os possíveis impactos desses indicadores para a gestão de custos hospitalares. Métodos: Trata-se de um estudo quanti-qualitativo de caráter transversal, realizado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário de Brasília (HUB). Os dados foram obtidos por meio da análise de prontuários através da consulta a plataforma AGHU - Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários. Resultados: De janeiro a dezembro de 2019, evidenciou-se 739 pacientes internados na Unidade, sendo composto predominante por idosos do sexo masculino; o motivo de internação mais frequente foi relacionado a doenças do sistema cardiovascular; o tempo médio de internação foi de 6 dias e a alta dos pacientes representa o mais frequente desfecho clínico. Foram a óbito 126 pacientes, onde destes, 123 faziam uso de antibióticos. Do total de pacientes internados, 417 faziam uso de antimicrobianos. Os antimicrobianos mais frequentes foram o Meropenem, a Vancomicina e a Polimixina B. Conclusões:  Os dados colhidos em nível de prontuário eletrônico demonstram a consistência dos dados clínicos, desfecho e principais antibióticos prescritos e dispensados aos pacientes, no entanto desconhece-se o custo dessa terapia ao longo do tratamento e desfechos encontrados. Tal aspecto limita a produção de indicadores que permitam estimar os custos financeiros das terapias e sua relação com os componentes de financiamentos relacionados ao ciclo do cuidado do paciente crítico e de risco.