Estratégias para minimizar o descarte de medicamentos vencidos em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI)
DOCUMENTAÇÃO
Tema: Gestão de serviços de saúde
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AUTORIA
Noriza Leandra Carneiro Santos , Maíra Moreira Peixoto Coelho , Isabela De Jesus Mascarenhas , Thais Moreira Peixoto , Bruno Rodrigues Alencar
ABSTRACT
Introdução: Os idosos fazem parte de um grupo da população que, diante das alterações fisiopatológicas decorrentes do processo de envelhecimento, têm uma maior tendência a consumir medicamentos. Diante do consumo elevado de medicamentos utilizados pelos idosos, residentes ou não de Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), encontra-se a problemática do descarte destes medicamentos, incluindo as perdas por vencimento. Nesse contexto, a programação de medicamentos vem como uma importante estratégia para estimar as quantidades a serem adquiridas para atender as necessidades dos serviços, por um período definido, evitando-se aquisições desnecessárias assim como faltas ou perdas de medicamentos. Objetivo: Relatar as experiências de atividades extensionistas, realizadas numa ILPI, com a utilização de estratégias necessárias para minimizar o quantitativo de medicamentos descartados por vencimento. Método:Trata-se de um relato de experiência sobre um trabalho desenvolvido em uma ILPI, a partir de atividades desenvolvidas pelo projeto de extensão da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), intitulado Promoção do uso racional de medicamentos: estratégias na programação e uso de medicamentos por idosos institucionalizados, o qual faz parte do programa Uso Racional de Medicamentos na Atenção Básica no Município de Feira de Santana. As atividades foram desenvolvidas pelos bolsistas do curso de Farmácia, entre agosto de 2019 a fevereiro de 2020. Resultados: Após o levantamento de medicamentos vencidos na farmácia, no mês de novembro de 2019, foram retirados um total de 545 gramas de medicamentos, pesados sem bulas e caixas, sendo 339 gramas de medicamentos sólidos: antibióticos (43,7%); medicamentos do programa de Hipertensão arterial e/ou Diabetes Melittus (Hiperdia) (21,2%); psicofármacos para transtornos mentais (14,2%); inibidores da bomba de prótons (15,7%) e outros (11,7%); e 206 gramas de medicamentos líquidos e semissólidos, como xaropes, pomadas e soluções. Com o intuito de reduzir essas perdas, o estoque da farmácia passou por uma reorganização onde foram utilizados adesivos coloridos para indicar o mês de vencimento para equipe de saúde. Além disso, o recebimento das doações de medicamentos ficou condicionado a um processo de triagem a fim de evitar o armazenamento de fármacos, que não são comumente utilizados pelos idosos institucionalizados. Conclusão: Evidencia-se a importância das ações extensionistas no processo de gerenciamento e programação de medicamentos, a fim de minimizar excessos ou perdas por vencimento, além de contribuir para a promoção da saúde e qualidade de vida dos idosos institucionalizados.
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