DIFICULDADES DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NO ATENDIMENTO NA ATENÇÃO BÁSICA ÀS MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DE GÊNERO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
AUTORIA
Nágela Bezerra Siqueira , Beatriz Da Silva Lima
ABSTRACT
Introdução: Em 1984, ocorreu o desenvolvimento do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher incorporando ações integradas voltadas à saúde da mulher em meio a sociedade brasileira, traçando uma resolutividade das comorbidades com contexto na saúde. Objetivo: Estudo com a finalidade de apontar na literatura as dificuldade enfrentada pelos profissionais de saúde no atendimento prestado às mulheres vítimas de violência de gênero na Atenção Básica do Sistema Único de Saúde (SUS). Metodologia: Estudo de revisão integrativa, onde foi utilizado as bases de dados Banco Virtual em Saúde, Lilacs, Scielo, Medline e Pubmed, onde foram impostos os critérios de inclusão: artigos completos e disponíveis, com recorte temporal máximo de cinco anos, que correspondessem aos descritores: Políticas Públicas à Mulheres; Violência contra a Mulher e respondessem a pergunta norteadora: “ O que a literatura aponta com relação às dificuldades no atendimento prestado pelos profissionais de saúde da Atenção Básica perante as mulheres vítimas de violência de gênero?”, elaborado pela estratégia de PICO. Enquanto que os critérios de exclusão englobam: estudos realizados há mais de cinco anos, de idioma estrangeiro, relatos de experiência, dissertações, teses e estudos repetidos. Resultados e discussão: O levantamento realizado dos estudos apontaram que o enfrentamento à violência contra a mulher ainda existem muitas fragilidades no que diz respeito ao acolhimento e direcionamentos. As vulnerabilidades são constatadas já na implementação da Lei Maria da Penha (nº 11.340/06), que embora tente assegurar a integridade física da mulher, não a garante. Outra grande deficiência trata-se da dificuldade e/ou ausência de uma Rede de Atenção articulada resultando em um cuidado fragmentado e a revitimização da mulher. No âmbito da Atenção Básica, é unânime nos estudos selecionados abordar a respeito da qualificação dos profissionais, sendo estes, pouco ou não preparados para atuar ou identificar uma mulher vítima de violência, sendo esta uma grande fragilidade no atendimento a essa população. Conclusão: Os estudos selecionados apontaram a grande necessidade dos profissionais estarem atualizados para atender à essas mulheres, como também identificá-las, visto que a vítima de violência de gênero acredita que sua situação não tem relação com sua condição de saúde. O que agrava na atuação dos profissionais e tem impacto direto na qualidade do atendimento prestado. Palavras-chave: Atenção Básica, Políticas Públicas, Violência contra a Mulher.
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