ABSTRACT

INTRODUÇÃO: A doença oncológica é considerada problema de saúde pública, por possuir elevado índice de mortalidade, e que requer dos profissionais de saúde um cuidado ético e holístico. Diante dessa realidade os profissionais de saúde ficam expostos a vivenciarem dilemas éticos no cuidado a pessoa em tratamento oncológico. O estudo objetiva conhecer os dilemas éticos vivenciados por profissionais de saúde no cuidado à pessoa em tratamento oncológico. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo qualitativo, exploratório e descritivo realizado em instituição filantrópica, em Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia, no município de Feira de Santana-BA-Brasil. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual de Feira de Santana, sob parecer nº 2.277.332. Participaram onze profissionais de saúde que atuam no cuidado a pessoas em tratamento oncológico. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada nos meses de junho a outubro de 2018. Os dados foram analisados em dois momentos: no primeiro a Análise de Conteúdo, proposta por Bardin, o segundo a Análise do Problema Moral, proposta por Diego Gracia. RESULTADOS: No primeiro momento encontramos duas categorias empíricas: Compreensão dos profissionais de saúde sobre dilemas éticos; Comunicação entre profissionais de saúde, familiares e pessoa com câncer. Os resultados demonstraram que os profissionais de saúde vivenciam os dilemas éticos no cuidado oncológico, e compreendem, em sua maioria, a definição de dilemas éticos. Eles vivenciam os dilemas éticos frente a comunicação entre profissionais de saúde, familiares e pessoa adoecida. O profissional de saúde diante de dilema ético, os profissionais buscam respeitar os princípios e valores éticos, a fim de tomar decisão respeitando a dignidade da pessoa com câncer. No segundo momento de análise, no Nível I, que quanto ao princípio da não maleficência o profissional optou por não reanimar a pessoa com câncer, por considerar que seria um mal maior o prolongamento da vida. Quanto o princípio da justiça, foi observado que pessoa doente foi assistida. No Nível II, o estudo apontou que a autonomia não foi considerada e a beneficência fica dúbio o entendimento, pois para o profissional de saúde foi a melhor opção não reanimar a pessoa, a fim de evitar sofrimento para a mesma e família.  CONCLUSÃO: Concluímos que a compreensão sobre dilemas éticos e a comunicação entre profissionais de saúde, familiares e pessoa em tratamento oncológico se fazem necessários para que dilemas éticos sejam evitados e o cuidado realizado respeitando-se os princípios da ética, moral e bioética.