Componentes de produção de oliveiras Arbequina, Arbosana e Koroneiki em Chapecó, SC.
DOCUMENTAÇÃO
Tema: Horticultura
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AUTORIA
Rafael Roveri Sabião , Eduardo Cesar Brugnara
ABSTRACT
Oliveiras (Olea europaea L.) tem apresentado produção irregular em áreas de altitude média (500 a 800 m) do Estado de Santa Catarina, mesmo aquelas de baixa exigência de frio. Apesar de algumas observações empíricas, pouco se conhece sobre a importância de cada componente de produção na quantidade de produto colhido. Podemos definir os componentes da produção de oliveiras como: número total de gemas (volume da copa e densidade de ramos novos sujeitos à indução floral), porcentagem de gemas reprodutivas, número de flores por inflorescência, fruit set e massa média dos frutos. Esses componentes têm correlação positiva com a produção por planta. Para se atingir alta produtividade, é necessário que florescimento seja intenso, pois o fruit set (frutos produzidos por flor emitida) é menor que 10%. O objetivo deste trabalho é quantificar alguns componentes de produção de oliveiras nas condições edafoclimáticas subtropicais do oeste catarinense. Oliveiras ‘Arbequina (n=3)’, ‘Arbosana’ (n=4) e ‘Koroneiki’ (n=4), plantadas em Chapecó – SC, que já haviam florescido antes, mas não tinham produção significativa (ano off), foram utilizadas. As plantas, de cinco anos, apresentavam no tempo zero diâmetros entre 2,69 e 4,14m e alturas de 2,66 a 3,6m, e foram manejadas de forma padrão. Nelas, foram selecionados aleatoriamente no outono 120 ramos por cultivar dentre aqueles prováveis de serem reprodutivos na estação seguinte (ramos do ano), medindo de 15 a 35cm, prostrados, sem ramificações laterais, onde se avaliou por duas safras a quantidade de gemas, inflorescências, flores e frutos emitidos/fixados (exceto os partenocárpicos). Foram observadas baixas taxas de ramos com flor (0,8 a 40,8%), variando entre cultivares e safras. As taxas de gemas com flor também foram baixas (0,03 a 3,93%), especialmente no cultivar Arbosana, nas duas safras. O resultado é pouca quantidade de inflorescências por centímetro de ramo e de flores. O fruit set médio das cultivares foi próximo a 10% na primeira safra, que pode ser considerado ótimo. Porém, normalmente é consequência da baixa quantidade de flores. Na segunda safra, os valores abaixo de 5% poderiam ser considerados adequados se a floração tivesse sido abundante. Por fim, a produtividade nas duas safras foi baixa (1,4kg planta-1 na ‘Koroneiki’ e insignificante nas demais), acompanhando as taxas de florescimento. A causa mais provável para a baixa produção foi o florescimento insuficiente, causado pelo acúmulo de frio de qualidade insuficiente para diferenciação das gemas induzidas na estação de crescimento. Porém, o frui set pode ser elencado, pelo menos em parte dos anos, pois mesmo com florações de baixa intensidade, na segunda safra o mesmo ficou abaixo de 5%. Problemas na quantidade de pólen, seu transporte e polinização podem ter limitado a frutificação.
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