A SECA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL: UTILIZAÇÃO DE DOIS ÍNDICES METEOROLÓGICOS
DOCUMENTAÇÃO
Tema: Agricultura
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AUTORIA
Pedro Rodrigues Brisolara Da Cunha , Gisele Machado Da Silva , Claudia Fernanda Almeida Teixeira Gandra , Rita De Cássia Fraga Damé , Marcia Aparecida Simonete , Maria Clotilde Carré Chagas Neta , Roberta Karsburg Machado
ABSTRACT
O estado do Rio Grande do Sul, produtor nacional estratégico de algumas culturas, tem sua produção agrícola afetada pelos longos períodos de estiagem, causando impactos nos mais diversos setores da economia, já que a agricultura é um dos pilares da economia do Estado. Apesar dos avanços tecnológicos no setor agrícola, as culturas ainda são dependentes de fatores climáticos e meteorológicos para seu desenvolvimento, sendo necessário analisar e estudar os eventos de seca, com o intuito de averiguar seu comportamento. Para um melhor entendimento destes eventos, faz-se o uso de índices, que tem por finalidade avaliar o panorama hídrico de uma região, através de um levantamento da situação, em relação a uma determinada escala de intensidade. Dentre os índices utilizados para mensurar os eventos de estiagem, pode-se utilizar, o Índice Padronizado de Precipitação (SPI) e o Índice de Moreno (IM), sendo os dois últimos, objetos de estudo deste trabalho. Assim, objetivou-se analisar os eventos de estiagem através do Índice de Moreno e do Índice Padronizado de Precipitação para caracterizar os eventos de seca como severos ou extremos para o estado do Rio Grande do Sul. Foram utilizadas 40 estações pluviais distribuídas nas sete mesorregiões do estado, sendo selecionadas aquelas que possuem a existência de um período em comum de dados, cujo período analisado foi de 1913 a 2002. O IM foi calculado na escala trimestral, para os meses de junho, julho e agosto e os meses de dezembro, janeiro e fevereiro, enquanto para a escala semestral, os meses de abril, maio, junho, julho, agosto e setembro, e a seguir os meses de outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e março. Para o SPI, as escalas temporais utilizadas foram de 3 e 6 meses. Os resultados obtidos permitiram concluir que há uma maior concentração dos eventos de seca intensa e severa, segundo o IM, nas escalas trimestrais, para os períodos Junho-Julho-Agosto e Dezembro-Janeiro-Fevereiro, comparativamente a semestral. Na análise do SPI, a maior incidência de eventos de seca severa e extrema ocorreu na década de 1943 a 1952.
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