Um novo tempo para a infância: a clínica psicanalítica com crianças na contemporaneidade.

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Políticas para as infâncias

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AUTORIA

Maria Engracia Garcia Perez

ABSTRACT
Partindo da clínica psicanalítica com crianças, a autora pretende refletir sobre infância na atualidade e os saberes, muitos deles da ordem do imperativo, que a permeiam. Com a emergência da pandemia de Sars - Covid 19, houve um aumento expressivo nos diagnósticos de transtornos do desenvolvimento da infância (baseados no DSM 5 - Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana) em paralelo houve uma busca intensa por avaliações e laudos para nomear o sofrimento na infância. O medo do impacto do período de isolamento nas crianças e na incerteza de como acolhe-las frente as mais diversas perdas no período de isolamento, deu lugar para respostas rápidas e totalizantes, muitas delas encontradas nos diagnósticos psicopatológicos. Essa busca não surgiu com o início da pandemia, mas foi amplificada por ela e ganhou força com a retomada das aulas presenciais no ambiente escolar. A busca por um diagnóstico, pautada pela lógica do saber psiquiátrico, categoriza sinais e sintomas e não o sofrimento psíquico e, frequentemente, impede que novas formas de subjetivação ganhem espaço nas relações familiares e em outros espaços que essa criança circula. Com recortes da clínica atual, a autora problematiza o discurso sobre a infância amplificado pelas marcas do contemporâneo:  diante da patologização da infância, estamos diante de um controle sobre os corpos das crianças? Quais seriam os novos desafios para os analistas de crianças diante de um tempo da infância que cada vez mais perde espaço para a fantasia e o lúdico e, passa a ser regido pela aceleração do tempo e pelo excesso? Sabe-se que a cultura, os momentos sociais e políticos marcam a construção de saberes de uma época acerca, dentre tantos aspectos, da construção da infância. A autora propõe discutir se as marcas da atualidade estariam anunciando um novo tempo para a infância em que antecipações de questões da adolescência estariam em destaque, refletindo em um mal-estar na infância.

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