Psicologia na Educação Básica: fazeres possíveis em meio à pandemia diagnóstica.

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Políticas para as infâncias

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AUTORIA

Mariana Sica , Fernanda De Lima Rodrigues

ABSTRACT
O mundo vem se recuperando, a passos lentos de um dos maiores desafios que já enfrentou: a pandemia do Covid-19. Não apenas por estarmos contabilizando de março de 2020 até hoje o número de mortos, em todo o mundo, mas também, por que, o real da morte, a suscetibilidade do corpo, durante a pandemia nos colocou grandes questões. Porém, sobretudo, nos dividiu, como talvez nunca antes tenhamos nos dividido. Embora tenhamos rapidamente aprendido a criar protocolos sanitários, baseados na ciência, para lidar com a situação que se impunha à revelia de todos, isso não impediu que boa parte das pessoas se posicionasse contra ou a favor de uma série de medidas de saúde, econômicas, e inclusive, educacionais. Tal polarização foi experienciada desde o âmbito familiar, até nações. Se, por um lado, boa parte da vida econômica pôde se reorganizar nas modalidades de trabalho home-office, vimos por outro lado, que alguns âmbitos da experiência subjetiva não puderam acompanhar tais “inovações” pari passu, embora tenham buscado segui-las num primeiro momento. Uma delas é a experiência educativa, que muito sofreu neste período. Vimos que em muitos lugares ela foi totalmente suspensa e boa parte das atividades escolares continuarem funcionando, porém de forma remota. Poucos foram os países que não aderiram ao ensino remoto. Posteriormente, passado o início da pandemia e o estabelecimento de rotinas mais seguras, acrescida da segurança da vacinação, muitos locais começaram a fazer uma transição para o retorno às atividades presenciais, nas escolas, como é o caso do Brasil. No entanto, dada a desigualdade social de base nesse país, crianças da rede pública e particular tiveram muitas vezes experiências totalmente distintas. O que representou, em infelizes ocasiões, um período em quarentena sem qualquer contato com o ambiente escolar (por motivos concretos, como o não acesso à internet) sobretudo de alunos da educação infantil. Este texto pretende discutir as vicissitudes do trabalho de psicólogas na rede pública de educação básica no município de Osasco bem como a retomada das rotinas escolares após um longo período de ausência do ambiente escolar, e, sobretudo, a marcante patologização das crianças quando da retomada das aulas presenciais, outra pandemia velada. Movimento crescente cujo intervalo em quarentena só veio a agravar.

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