Da Imitação À Identificação: Observações Sobre a Função do Semelhante no Acompanhamento APEGI Realizado em Escolas.

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Políticas para as infâncias

Acessos neste artigo: 166


Certificado de Publicação:
Não disponível
Certificado de Participação:
Não disponível

COMPARTILHE ESTE TRABALHO

AUTORIA

Luiza Pires Vaz Camarano , Luciana Resende Lima , Cristina Keiko Inafuku De Merletti

ABSTRACT
O Projeto inclusivo, tema do artigo, propõe um trabalho com o tópico da heterogeneidade articulado à pesquisa de educação terapêutica com crianças em situação de inclusão. Abordaremos a noção de entraves psíquicos estruturais (EE) e a relação dessas crianças com seus pares. Por meio do roteiro de leitura APEGI – Acompanhamento Psicanalítico em Escolas, Grupos e Instituições – será dada especial atenção à função do semelhante como eixo para o acompanhamento da criança no grupo- classe.
Espera-se analisar a qualidade do laço-social inclusivo no campo escolar sob a perspectiva da passagem da imitação para a identificação. A identificação é reconhecida como a mais antiga manifestação de uma ligação afetiva a outra pessoa. Segundo Freud (1921), há um caminho que, por meio da imitação, leva da identificação à empatia, ou, à compreensão do mecanismo pelo qual se torna possível, para nós, tomar posição ante uma outra vida psíquica. A escola é a primeira instituição frequentada pelas crianças, oferecendo oportunidade para ir além dos laços familiares. Privada da escola, não tendo oportunidade de convívio com outras crianças, a chance da cristalização de uma estrutura EE é muito maior. Professoras relatam que ao estimularem a integração da criança com entrave, elas se fecham mais ainda. Revisitar as teorias é também propor trabalho institucional em paralelo à clínica para que crianças com entraves possam criar significantes e tenham oportunidades de se fazer expressar na sua singularidade e não inseridas em um meio o qual meramente precisam se adaptar, condicionados a imitação de um signo que não faça sentido. Revisitar as teorias é também propor trabalho institucional em paralelo à clínica para que crianças com entraves possam criar significantes e tenham oportunidades de se fazer expressar na sua singularidade e não inseridas em um meio o qual meramente precisam se adaptar, condicionados a imitação de um signo que não faça sentido.
A escola é o espaço que, no encontro com o semelhante, permite a abertura para imitações, auxiliando crianças com entraves psíquicos no reconhecimento do outro semelhante e em direções possíveis às identificações. Espera-se que a sutileza de um movimento de imitação inicial de outra criança pode abrir caminhos para o laço social, articulando o desejo singular à vida coletiva de um sujeito. Imitar o outro para chegar ao conhecimento de si e da alteridade.

Para participar do debate deste artigo, .


COMENTÁRIOS

Utilizamos cookies essenciais para o funcionamento do site de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.