Conversações Psicanalíticas Online com Gestoras de Escolas da Rede Municipal de Belo Horizonte

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Mal-estar contemporâneo e impasses na educação

Temas Correlatos: Infância, juventude e diversidade;

Acessos neste artigo: 256


Certificado de Publicação:
Não disponível
Certificado de Participação:
Não disponível

COMPARTILHE ESTE TRABALHO

AUTORIA

Maralice De Souza Neves , Andressa Raiana Nunes De Araujo

ABSTRACT
Apresentamos a experiência de pesquisa/extensão do Programa Brota:juventude,educação e cultura da UFMG em parceria com a SMED- BH,MG. O Programa é formado por um coletivo de projetos de diferentes campos da cultura voltado para estudantes de escolas públicas municipais.A proposta é despertar o desejo dos jovens pelo saber por meio das artes, da cultura e da palavra (Grillo,Lima,2020).Uma das metodologias utilizadas são as conversações de orientação psicanalítica(Lacadée,Monier,1999/2000; Miranda,Santiago,2010; Viola, Lima,Rimet,2020). A metodologia considera a lógica lacaniana do tempo que se modula diante de um problema a ser resolvido: o instante de ver, o tempo para compreender e o momento de concluir (Lacan,1998). É pesquisa-intervenção com o objetivo de proporcionar lugar de escuta, de formação do laço social, de colaboração para a construção de um “saber-fazer” diante do mal-estar atual. Relatamos a escuta de gestoras de algumas escolas municipais angustiadas diante das dificuldades e dos lutos gerados durante a pandemia. Um ponto de angústia gerado pela morte de uma colega pelo Covid-19 desencadeou a fala sobre o medo e as próprias perdas. Acreditamos que a conversação possibilitou o deslize de significantes para “um saber-fazer” diante das contingências, tais como, encontrar modos particulares de acolher os alunos da educação especial. A estratégia de usar as plataformas virtuais pareceu permitir o estabelecimento da transferência e da associação livre coletiva, apesar das interrupções e problemas de conexão. Apostando que a palavra afeta o corpo (Lacan, 1985), confiamos que esse espaço coletivo mediado pela tela possibilitou a manifestação das singularidades desencadeando afetos e efeitos subjetivos. Após a catarse própria do instante de ver, nos 2 encontros seguintes notamos deslocamentos, tais como a mudança do tom para dar lugar ao humor, à brincadeira e à troca de saídas para os impasses, sinalizando passagem para o tempo de compreender.  

Para participar do debate deste artigo, .


COMENTÁRIOS

Utilizamos cookies essenciais para o funcionamento do site de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.