Atendimento psicanalítico via online: possibilidades de escuta de crianças e adolescentes em situação de distanciamento social

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Infância, juventude e clínica

Temas Correlatos: Infância, juventude e clínica;

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AUTORIA

Karen Graziele Tavares , Lisiane Fachinetto

ABSTRACT
A pandemia da Covid 19 colocou todo o mundo em alerta, ele sofreu alterações sem precedentes na história da civilização. O medo da morte pelo vírus passou a ser uma constante na vida cotidiana. A situação colocou como imperativo uma nova reorganização da sociedade. As escolas foram fechadas e a modalidade de aulas online/remota passou a ser a única possibilidade de continuidade do processo de aprendizagens desde a educação infantil até o ensino superior. O presente trabalho aborda os impasses e as possibilidades de escuta do sofrimento psíquico de crianças e adolescentes em situação de aprendizagem no ciber espaço a partir de uma experiência junto à secretaria de educação de uma cidade no interior do estado do Rio Grande do Sul. A aposta foi que os sujeitos pudessem dar continuidade ao processo de análise via espaço virtual. Quinet (2021) é incisivo ao afirmar que a análise não é definida pelo setting, pois o essencial é o ato analítico e a transferência, pois sem ela não há possibilidade de análise e, ainda que virtualmente o analista se faz presente. O campo conceitual psicanalítico é um conhecimento construído e reconstruído a partir da noção de um saber incompleto. Freud (1919[1918]), alerta “Os senhores sabem que nunca nos orgulhamos da completude e do fechamento do nosso saber e de nossas habilidades; estamos sempre dispostos, tanto antes quanto agora, a admitir a incompletude do nosso conhecimento, a aprender coisas novas e mudar em nosso procedimento aquilo que pode ser substituído por algo melhor” (p. 201). Assim, propomos um espaço de escuta, o que implicou no acesso ao espaço familiar das crianças e adolescentes. O que se fez primordial foi sustentar a práxis na ética da psicanálise, na associação livre, no suporte à transferência do paciente e da relação com ele construída. Segundo Quinet (2021), o psicanalista tem o compromisso ético de estar ao lado do sujeito e de seu mal-estar.

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