ABSTRACT

A partir da apresentação de um caso clínico, traremos contribuições da psicanálise para a compreensão das psicoses na adolescência e para discutir a questão da inclusão escolar e da escolarização do sujeito psicótico em escolas da rede pública estadual do Rio de Janeiro. A análise do caso, à luz da psicanálise, permite o entendimento sobre a constituição do sujeito psicótico e sobre as práticas que incidem sobre um sujeito de linguagem e desejo, tendo em vista o reconhecimento da sua singularidade, de seu modo próprio de fala, de elaboração simbólica e de suplência que o permitem se inscrever no enlace social. No diálogo entre psicanálise e educação e ao se considerar a escola como lugar privilegiado para as práticas subjetivantes ao sujeito de linguagem, favorece ao mesmo constituir-se e inserir-se, através da sua fala singular, no discurso social da escola. Portanto, verifica-se diversos impasses para o sujeito psicótico. Pretendemos discutir alguns desses impasses e possibilidades para a inclusão sujeito psicótico diante do discurso social da escola.