Escutas Sensíveis: Um dispositivo de cuidado em saúde mental no Centro Cultural do Bom Jardim

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Juventude e políticas públicas

Temas Correlatos: Mal-estar contemporâneo e impasses na educação;

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AUTORIA

Vládia Jamile Dos Santos Jucá , João Paulo Pereira Barros , Rafael Soares Cavalcante , Renan Braga Alves

ABSTRACT
As juventudes periferizadas encontram barreiras significativas no acesso aos equipamentos de saúde mental, o que eventualmente acarreta o agravamento do sofrimento já existente. Ademais, são os jovens oriundos dos territórios precarizados os que mais sofrem com os processos de exclusão/racismo e com a violência urbana. Neste cenário, é fundamental criarmos dispositivos de cuidado de base comunitária e de fácil acesso. Nesta direção, foi pensado o “Escutas Sensíveis”, uma atividade de extensão realizado através da parceria do curso de Psicologia da Universidade Federal do Ceará com o Centro Cultural do Bom Jardim, cujo objetivo é desenvolver estratégias de cuidado em saúde mental sensíveis às incidências sócio-políticas na produção do sofrimento psíquico. São objetivos específicos: 1) Fornecer um espaço de acolhimento individual para as urgências subjetivas; 2) Realizar conversações e rodas de conversa, produzindo um saber com os jovens acerca do mal-estar que os acomete; 3) Experimentar e produzir conhecimento acerca de tecnologias de cuidado mais capilares e territorializadas. No presente trabalho, iremos discutir as bases nas quais se articula a proposta do Escutas e relatar o que temos realizados desde o início de 2020, quando o projeto iniciou. Com a pandemia, o trabalho passou para o modo remoto. Apesar das dificuldades de acesso a internet por parte dos jovens, temos sustentado os acolhimentos individuais e as rodas de conversa. Nos atendimentos individuais, algumas questões são recorrentes, não obstante se coloquem para cada um dos jovens atendidos de modo singular. Dos sofrimentos apresentados, a maioria se encontra articulado com situações de violência (a do território marcada pela disputa entre facções; a da homofobia, a da violência doméstica). Destacam-se ainda as preocupações em torno do futuro profissional e, de modo mais imediato, da necessidade de contribuir com a renda familiar ou de se sustentar por conta própria. 

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