Fiando a palavra: Com fio no conto

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Educação especial e educação inclusiva

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AUTORIA

Paula Gus Gomes , Sofia Tessler De Sousa , Lívia Dávalos , Eduarda Xavier

ABSTRACT
A vida faz-se de histórias. O sujeito constrói e se apropria das narrativas que lhe antecedem, abrindo espaço para costuras nessa trama. Assim, as histórias são condição para a nossa existência enquanto sujeitos, e é amparada nesta afirmação que o Com fio no Conto trabalha. 
O Coletivo Com Fio No Conto nasce do desejo pela ficção. O coletivo é vinculado à Fundação de Atendimento à Deficiência Múltipla, em Porto Alegre (RS), e ao Núcleo de Pesquisa em Psicanálise, Educação e Cultura da UFRGS. Trabalha com oficinas de contação de histórias junto a crianças que apresentam impasses em seu processo constitutivo, na aposta de que a literatura infantil possibilita a invenção de si no encontro com o outro.
Conta-se com um grande livro de feltro, suporte que permite construir, junto às crianças, as histórias. Com ele, instaura-se um canto que marca as bordas da ficcionalidade. Ao longo desses anos, percebeu-se a importância de dar lugar à interferência das crianças nas contações, no recriar dos enredos. Assim, abre-se espaço para as narrativas enquanto criação de um texto comum, uma superfície (Rodulfo, 2004) para o brincar que reverbera em elaborações e inscrições subjetivas. A partir da construção de um espaço transicional (Winnicott, 1975), as crianças são convocadas a ocuparem diferentes posições em cena. Dessa forma, o lugar de contadoras de histórias se desloca para a escuta das histórias que se tecem coletivamente durante a oficina. Assim, o projeto confia no gerúndio da palavra tomando as narrativas como histórias abertas e aposta em um horizonte ético que reconhece a alteridade (Bàjour, 2012). 
Bàjour, C. (2012). Ouvir nas entrelinhas. Ouvir nas entrelinhas - o valor da escuta das práticas de leitura. Pulo do gato: São Paulo. 
Rodulfo, R. (2004). Desenhos fora do papel - da carícia à leitura-escrita na criança. Casa do Psicólogo: São Paulo. 
Winnicott, D. (1975). O brincar e a realidade. Imago: Rio de Janeiro.

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