Medicalização da Infância na Fase Escolar: Um Debate À Luz das Categorias Poder e Resistência?

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Tema: Mal-estar contemporâneo e impasses na educação

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AUTORIA

Jackeline Da Silva Souza , Carla Mercês Da Rocha Jatobá Ferreira - Universidade Federal De Ouro Preto (Ufop) , Marco Antônio Torres - Universidade Federal De Ouro Preto

ABSTRACT
O presente trabalho consiste em pesquisa de mestrado em andamento, com objetivo principal de analisar o processo de medicalização da infância na fase escolar a partir das produções científicas do período entre 2009 e 2020. Consideramos que o processo se encontra permeado de tentativas de “moldar” a infância, que tem sido historicamente objeto de controle em cada modelo de sociedade. A pesquisa é de abordagem qualitativa, na busca de compreender como acontece a medicalização a partir das categorias poder e resistência, ambas numa perspectiva foucaultiana. Esta tem se mostrado promissora para pensar os sistemas de opressão e seus efeitos nos processos de subjetivação nos diversos contextos sociais. Para a análise, orientamo-nos por conceitos teóricos considerando tais categorias, pensando nestas como instrumentos analíticos para análise do discurso a partir da construção do estado da arte dessas produções. O corpus selecionado foi de 63 trabalhos relacionados à temática através de fontes básicas de dados: Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações – BDTD; Biblioteca Virtual de Saúde (BVS); GT 07 – Educação de Crianças 0 a 6 anos, GT 15 – Educação Especial e GT 20 – Psicologia da Educação da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped); Laboratório de Estudos e Pesquisas Psicanalíticas e Educacionais sobre a Infância (LEPSI);  Periódicos Capes; e Scientific Eletronic Library Online (Scielo). Portanto, a análise realizada até o presente momento permite localizar enunciados que sinalizam como o discurso da medicalização está presente no contexto escolar, quando se recorre ao saber médico-psiquiátrico para possíveis soluções as dificuldades de aprendizagem e comportamento dos alunos, com efeitos desde a banalização de diagnósticos até do uso de psicofármacos. Enfim, as produções científicas em análise apontam para movimentos entre os sujeitos envolvidos, onde vislumbramos possíveis relações de poder como também modos de resistência. 
 

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