A Angústia Frente Ao Não Saber: Professores e Alunos-Já-Professores Entre Impasses no Ensinar-Aprender

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Mal-estar contemporâneo e impasses na educação

Temas Correlatos: Mal-estar contemporâneo e impasses na educação;

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AUTORIA

Silvano Messias Dos Santos , Inês Maria Marques Zanforlin Pires De Almeida

ABSTRACT
Como recorte temático de uma pesquisa de doutorado em desenvolvimento no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Brasília – PPGE/UnB, este texto propõe refletir sobre a angústia de professores e alunos-já-professores frente aos impasses que atravessam o ensinar e o aprender nas Ciências Exatas, no contexto de uma universidade situada no interior do estado da Bahia, Brasil. A pesquisa inscreve-se na abordagem metodológica qualitativa utilizando entrevistas clínicas como técnica de construção de dados complementares à escrita da Memória Educativa. Para discutir a angústia frente ao não saber, buscamos dialogar com Freud (1926; 1930), Lacan (1962-1963), Zelmanovich (2017) e Miranda (2017), dentre outros. Destacamos quatro possíveis elementos desencadeadores de angústia em professores e alunos-já-professores de Ciências Exatas: a angústia frente ao não saber, a angústia frente ao não saber fazer; a angústia frente aos impasses da contemporaneidade e a angústia frente a uma impossível saída para o mal-estar docente. Os altos índices de reprovação e evasão nas Ciências Exatas têm gerado mal-estar e angústias nos professores e alunos-já-professores, que não sabem o que fazer com “isso”: sentem-se impotentes face ao não apender e, a nosso ver, enlaçados às ilusões do discurso médico/psicopedagógico sobre os problemas de aprendizagem. Pensamos que a angústia que emerge na cena pedagógica pode revelar-se como problema ou solução, constituindo-se em oportunidade para a abertura de uma experiência educativa: o professor tanto pode se deixar imobilizar pelo desespero que o paralisa ou cogitar a possibilidade da fuga, como também pode “temporizar sua angústia” e significá-la, para se re-posicionar subjetivamente e se re-inventar como sujeito do desejo frente ao “impossível do educar”.

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