A dimensão relacional da governança na regionalização do SUS: perspectivas dos gestores regionais da Macrorregião Sul

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Gestão de serviços de saúde

Temas Correlatos: Gestão de Pessoas em Saúde;

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AUTORIA

Mariana Da Silva , Cristian Fabiano Guimarães , Priscila Farfan Barroso , Ana Paula De Carvalho , Beatriz De Arruda Pereira Galvão , Aline Veiga Dos Santos , Karen Chisini Coutinho Lütz , André Luis Alves De Quevedo

ABSTRACT
A regionalização constitui-se em uma ferramenta de descentralização do Sistema Único de Saúde (SUS) e se caracteriza pela organização do território em regiões de saúde. Os mecanismos de governança capazes de consolidar esse processo contemplam liderança, estratégia e regulação, sendo perpassados pelas relações humanas. As relações entre gestores regionais e municipais podem ser moduladas por aspectos políticos, sociais e antropológicos, interferindo na governança, com implicações na regionalização. O objetivo, portanto, é investigar os fatores que permeiam as relações intergestores capazes de modular a governança e gerar impactos para a regionalização do SUS. O estudo faz parte do projeto “Análise dos processos de regionalização, gestão e planejamento para a implementação das Redes de Atenção à Saúde no Rio Grande do Sul”, sob a perspectiva de gestores de saúde das Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) da Macrorregião de Saúde Sul: 3ª (Pelotas) e 7ª (Bagé). Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, transcritas, categorizadas através do programa NVivo e analisadas. Na avaliação inicial das entrevistas, destaca-se a importância de gestores regionais capacitados, que conheçam o SUS e a regionalização, que se entendam como parte de uma regional e valorizem essas instâncias. O alto grau de comunicação, frequência de encontros e colaboração entre gestores regionais e municipais confere mais segurança e autonomia aos municípios, sendo um fator positivo para as relações. Os encontros em diferentes municípios da regional, bem como os momentos informais, que se dão nesse espaço, contribuem para a proximidade entre os atores sociais. Por outro lado, a alta rotatividade de gestores pode prejudicar os processos da regionalização, pois a composição dos grupos de decisão influencia a dimensão relacional e reflete nas pactuações. A compreensão dos fenômenos micropolíticos ressaltados pode ser uma ferramenta importante para nortear as estratégias de gestão e planejamento.

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COMENTÁRIOS
Foto do Usuário Wanessa Debôrtoli De Miranda 22-10-2021 10:43:55

Trabalho interessante. É muito importante, para o sucesso da implementação da regionalização do SUS, compreender as percepções dos envolvidos. Destaco que a alta rotatividade de gestores é um grande desafio nesse cenário.

Foto do Usuário Doralice Batista Das Neves Ramos 25-10-2021 12:51:08

A dimensão relacional mostra-se fundamental para as dinamicas territórias, quando se trata de gestão em saúde. Mas, ainda é um grande obstáculo para o desenvolvimento das ações de promoção da saúde.

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