ABSTRACT

Introdução: Em vista das exigências contemporâneas frente a qualidade dos serviços e segurança dos usuários de saúde, surge a educação permanente em saúde como uma estratégia político-pedagógica que prevê ações de educação em serviço para os recursos humanos de saúde, no contexto do serviço de saúde há destaque para a equipe de enfermagem que atua em unidades de terapia intensiva, uma especificidade profissional que necessita de conhecimentos e práticas atualizadas, rápidas e seguras, com reflexão crítica da realidade para um trabalho em saúde integral, resolutivo e baseado em evidências científicas, rompendo o modelo de assistência em saúde alienante e médico-centralizado. Objetivo: Identificar e analisar a percepção de profissionais de  enfermagem acerca da educação permanente em saúde em uma unidade de terapia intensiva de um hospital público municipal. Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa que utilizou entrevistas individuais e semiestruturadas, gravadas em arquivos de áudio e analisadas sob a ótica da teoria de Laurence Bardin, desenhada no contexto do arco de Maguerez. Resultados: Foram realizadas 35 entrevistas, sendo 20% com enfermeiros e 80% com técnicos de enfermagem, em análise destas surgiram as categorias ''A visão e o aprendizado individual sobre o processo de educação'' e “As relações de trabalho e aprendizagem: o que  desejam os trabalhadores”. Conclusão: O estudo demonstrou que há falhas quanto a promoção de ações de EPS em UTI, mas que a grande maioria dos profissionais são motivados e dispostos em contribuir para as ações que ocorrem no setor, buscando sempre o aperfeiçoamento profissional. Estando a falta de tempo com longas  jornadas de trabalho em destaque dentro do corpo de enfermagem, mostrando-se como uma barreira  a promoção do conhecimento no e para o trabalho em saúde.