Adsorção de azul de metileno em materiais adsorventes produzidos a partir do resíduo da extração de compostos bioativos de casca de jabuticaba (Plinia cauliflora)

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Sustentabilidade ambiental

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AUTORIA

Pietro Serraglio Figueiredo , Natália Nara Janner , Alaor Valério Filho , Gabriela Silveira Da Rosa

ABSTRACT
A jabuticaba (Plinia cauliflora) é uma fruta brasileira que possui casca roxo-escura e polpa branca translúcida. Apresenta alto valor nutricional e, por isso, é matéria-prima de interesse da indústria de alimentos. Durante o processamento dessa fruta são gerados elevados volumes de resíduos sólidos, compostos pela casca e pelas sementes. Os resíduos vegetais gerados na indústria de alimentos têm recebido atenção em estudos que buscam desenvolver novos materiais adsorventes para serem aplicados no tratamento de efluentes líquidos, os quais têm como objetivo remover contaminantes contidos nesses efluentes através do contato dos mesmos com sólidos denominados como adsorventes, buscando a retenção das moléculas indesejadas na superfície do material. Nesse sentido, esse estudo tem como objetivo utilizar o resíduo da extração dos compostos bioativos da casca da jabuticaba para a síntese de um material adsorvente destinado a remover contaminantes contidos em efluentes líquidos sintéticos. Para a produção desse material adsorvente, o resíduo sólido obtido da extração dos compostos bioativos presentes na casca de jabuticaba foi seco e então submetido à ativação química com ácido fosfórico. Os ensaios de adsorção foram realizados com faixas de dosagem de adsorvente (Dad) e pH definidos em testes preliminares. O adsorvente que proporcionou os melhores resultados foi o CJ (casca da jabuticaba seca), seguido por CJA (casca da jabuticaba ativada com ácido). Os ensaios executados com o CJ chegaram a atingir capacidade de adsorção superiores a 125 mg.g-1, além de percentuais de remoção acima de 96%. Já para o CJA, as condições utilizadas permitem obter um q de aproximadamente 90 mg.g-1, e um R superior a 97%. 

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COMENTÁRIOS
Foto do Usuário Nicole Dall'accua Lopes 08-05-2021 17:09:15

Excelente trabalho! Uma pergunta, por que a impregnação do material adsorvente foi realizada com um ácido? E, como sugestão, proponho que utilize uma base, para futuras comparações. Obs.: por que o Diagrama de Pareto para R de CJ não está inserido na página 6?

Foto do Usuário Tereza Longaray Rodrigues 11-05-2021 22:29:09

Achei muito interessante o trabalho de vocês, parabéns aos autores!! Houve algum motivo específico para realizar o tratamento do material adsorvente com um ácido e não com uma base? Como sugestão acho que seria interessante realizar ensaios de adsorção com outros corantes, de forma a verificar se seria interessante o seu emprego na adsorção destes outros compostos, bem como avaliar a interação do material adsorvente com corantes aniônicos, visto que o azul de metileno é um corante catiônico

Foto do Usuário Luisa Bataglin Avila 14-05-2021 13:38:05

Acredito que o trabalho contribui muito para a sociedade, pois traz o fechamento de um ciclo que inicia na utilização do fruto para a produção de geleias, sucos, licores, por exemplo, passa pelo processo de aproveitamento do resíduo gerado (casca) e finaliza com o aproveitamento do resíduo restante do processo de extração dos compostos bioativos. Gostaria então de saber se os autores tem ideia se o tipo processo de extração dos compostos bioativos (maceração, extração assistida por ultrassom, extração assistida por micro-ondas, entre outras) pode impactar de alguma forma na capacidade de adsorção do adsorvente obtido.

Foto do Usuário Luana Vaz Tholozan 14-05-2021 15:30:19

Parabéns aos autores pelo trabalho! Achei ótima a ideia de utilizar como matéria prima o resíduo de um resíduo e também parabenizo os ótimos resultados. Sugestão: analisar o pH no ponto de carga zero para ajudar a interpretar os resultados obtidos no planejamento experimental. Pergunta: pretendem testar o adsorvente em outros corantes?

Foto do Usuário íris Nunes Raupp 14-05-2021 19:35:53

Parabéns pelo trabalho, aborda um assunto muito interessante e promissor. O uso de matéria-prima de baixo custo se faz cada vez mais necessário, e utilizar um resíduo do processamento de outro resíduo se encaixa muito bem! Achei o trabalho muito esclarecedor e bem desenvolvido. Gostaria de saber se os autores pretendem aprofundar os estudos realizando a caracterização dos materiais. Tendo em vista o bom desempenho do material, minha sugestão seria desenvolver experimentos mais aprofundados no campo da adsorção, como estudo da cinética, isotermas de equilíbrio e termodinâmica.

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