SEPTICEMIA BACTERIANA DO RECÉM-NASCIDO COMO CAUSA DE MORTALIDADE NO BRASIL, 2009-2018

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Indicadores Sociais de saúde

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AUTORIA

Alyne Maria Figueira De Alencar , Camila De Lima Bento , André Nunes Lopes Barros , Jaqueline Das Dores Dias Oliveira

ABSTRACT
INTRODUÇÃO: A sepse neonatal, uma das principais causas de morbimortalidade em recém-nascidos e prematuros, é uma infecção bacteriana invasiva que ocorre no intervalo entre o nascimento e os 28 dias pós-parto, sendo classificada em precoce ou tardia. O diagnóstico baseia-se em fatores de risco como febre materna, infecção urinária no parto, prematuridade e taquicardia fetal, manifestações clínicas do recém-nascido e exames laboratoriais. O manejo consiste na antibioticoterapia a partir de critérios como momento do início, origem hospitalar ou domiciliar e agente causador.  OBJETIVO: Avaliar a mortalidade por sepse neonatal nas macrorregiões brasileiras, entre 2009 a 2018.  MÉTODOS: Estudo epidemiológico observacional dos dados quantitativos de mortalidade de recém-nascidos acometidos por sepse no território brasileiro durante o período de tempo que compreende os anos de 2009 a 2018. Realizou-se buscas de dados estatísticos na plataforma DataSUS e observou-se o comportamento dos números entre as regiões Centro-oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul.   RESULTADOS: Entre 2009 e 2018, a mortalidade por sepse neonatal em comparação à mortalidade total, variou consideravelmente comparando-se as cinco regiões do Brasil, sendo vistos índices tão divergentes como 0,11% (221/203840), em 2018, no Sul do país, quanto 0.94% (586/62383), em 2009, na região Norte. As regiões Centro-Oeste e Sul apresentaram a menor mortalidade com médias de 225,1 e 267,7, respectivamente; seguidas pelo Norte, cuja maior taxa de mortalidade foi registrada no primeiro ano pesquisado (586) e, a menor, em 2018 (404), apresentando uma média de 450,6 mortes por sepse. Nordeste e Sudeste lideram a lista durante todo o período considerado, com médias de 1085,8 para a primeira e, 1274,4 para a segunda; tendo sido registrado menos de 1000 óbitos entre essas duas regiões, apenas em 2010 e 2018, no Nordeste. Tendo em vista o país como um todo, 2009 apresentou a maior incidência (3999) e, o oposto ocorreu em 2018 (2816 casos), com uma média, durante esses dez anos, de 3303,6. CONCLUSÕES: Os estudos disponíveis na literatura em pacientes neonatos ainda são escassos, envolvem poucos pacientes e, dessa forma, não possuem a representatividade necessária. Ademais, na maioria das vezes o diagnóstico é difícil e a sepse apresenta-se com comprometimento multissistêmico e curso clínico repentino. Apesar de tais contrapontos, é irrefutável que a mortalidade por essa causa tem sido elevada no Brasil e, o platô foi mantido entre 2009 e 2017, evidenciando diminuição apenas em 2018.

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COMENTÁRIOS
Foto do Usuário Cláudia Martins Da Costa 09-02-2021 09:50:35

Parabéns pelo trabalho! O tema é importante e muito relevante, principalmente por ser pouco abordado. Quais maiores dificuldades vocês tiveram durante este projeto ?

Foto do Usuário Marcia Castro Macêdo 09-02-2021 09:50:35

Tema relevante e importantíssimo na difusão do conhecimento referente a septicemia bacteriana. Como sugestão:verificar a afirmação nos resultados sobre a região norte quanto a menor taxa de mortalidade ter ocorrido no ano de 2018(404), sendo que em 2017 ocorreu 398 óbitos.Como pergunta:Quais intervenções seriam necessárias para inibir os fatores de risco maternos relacionados a sepse neonatal?

Foto do Usuário Ana Clara Dos Santos Pimentel 09-02-2021 09:50:35

Excelente abordagem, trabalho de ótima qualidade e bem contextualizado.

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