Contribuição dos estudos dos itinerários terapêuticos dos estudantes de graduação da UFSCar às políticas públicas de saúde
DOCUMENTAÇÃO
Tema: Economia da Saúde e Politicas Públicas da Saúde
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AUTORIA
Raiane Silva Sousa , Taís Bleicher , Diego Mendonça Viana
ABSTRACT
Este trabalho se refere a pesquisa realizada entre os anos de 2019 e 2020, com o objetivo de compreender os itinerários terapêuticos de universitários em situação de sofrimento psíquico. Entendendo que o Plano Nacional de Assistência Estudantil destina um de seus eixos à saúde do estudante, buscou-se identificar se, na busca por cuidado à saúde, especificamente mental, encontram-se as ações que devem ser desenvolvidas pela instituição de ensino a qual ele se vincula. Este resumo busca refletir sobre as possíveis contribuições de pesquisar os itinerários terapêuticos (IT) às políticas públicas de saúde. Para isso, adotou-se a abordagem qualitativa e foram entrevistados cinco estudantes de graduação, em modelo de entrevista semi-estruturadas. À luz da História de Vida e da literatura, os dados foram analisados. Nenhum dos estudantes buscou o serviço especializado em saúde da universidade em questão, e as razões são várias, como filas de espera, ausência de ações de acolhimento e inacessibilidade do serviço, além de outros a serem explorados no decorrer do trabalho. Pesquisar os itinerários terapêuticos permitiu compreender melhor, além do percurso da busca, as motivações que perpassam esse processo e como as escolhas feitas expressam o conhecimento sobre o cenário local e as possibilidades conhecidas pela comunidade. A contribuição às políticas públicas parte disso. Aponta-se, nacionalmente, para a necessidade de criação de normas operativas para o PNAES, incluída a necessidade de gestão clínica dos serviços de Saúde por ele abrangido. No âmbito local, aponta-se para a necessidade de uma política pública de saúde mental do estudante, não só com marco normativo próprio, mas, como política gerencial.
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